Uma forma descontraída e objetiva de tratar assuntos da Doutrina.

A cada assunto tratado, "ouvir" as opiniões através dos comentários dos colegas, mas principalmente, abrir espaço para
que pessoas que desconhecem ou têm um juízo errado do Espiritismo, possam ter estes primeiros contatos. Nossa intenção
não é ensinar, mas sim, dividir experiências e discutir, em alto nível os mais diversos assuntos.
Assim, ratificamos os nosso convite:

Vamos conversar sobre o Espiritismo ?

A, mais ou menos, cada 15 dias um novo capítulo. Participem!

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Estudando André Luiz em "Ação e Reação" , capítulo 20 Comovente surpresa

Completavam-se , assim , três anos de estudos, quase que diários na Mansão, onde Druso e Silas foram solícitos nos esclarecimentos, bem como outros companheiros. O sofrimento, sem dúvida alguma, predominava.
A grande proteção da Mansão era a Misericórdia Divina, invocada através de preces e orações. A mansão que  por  diversas vezes estremecia sob ataque de legiões ferozes e e convulsões magnéticas resistia.
Druso, como diretor da casa, sabia atender a todos necessitados , com muito amor, respeito e carinho.Onde tinha um sofredor, Druso estava lá devotando seu melhor por horas seguidas. Silas também fazia do atendimento aos sofredores uma tarefa incansável.
Numa dessas noites de atendimento, foi trazida pelos enfermeiros uma mulher em extremo sofrimento.Maltrapilha, corpo deformado e atormentada. Sob efeito das preces e dos recursos magnéticos a ela endereçados, hipnotizada , clama pela compaixão de Druso. Esta sua reação repercute de forma direta em Druso e Silas que lhe sentem as energias deletérias de angústia e morte. Suas palavras revelam sede de perdão por um passado comprometedor, ao mesmo tempo que o remorso e a lucidez a atormentavam mais e mais.. Silas ao interceder magneticamente, dialoga com a enferma que revela seu nome Aída , e quando questionada declina o nome de Silas como tendo sido um "filho do coração". Ante a revelação a emoção cresceu ainda mais. Agora tudo se esclarecia aos olhos de André e Hilário: Druso e Silas foram pai e filho e ela a madrasta

cuja estória Silas revelara tempos antes.
No dia seguinte  Silas esclarece que estavam na Mansão exatamente com a tarefa precípua de socorre-la, não sem antes terem se dedicado de forma intensa no socorro de tantos , para  ganharem méritos ao longo do tempo para repararem  seus débitos. Explica que Druso deixaria o cargo de diretor para reencarnar  sob proteção de amigos espirituais, juntamente com a mãe que o aguardava para tal, enquanto Silas e Aída seriam recebidos como filhos, reconstruindo assim suas trajetórias em outros  moldes de justiça. Silas, antes estagiaria em instituição.
espiritual especializada, para o aperfeiçoamento em medicina, profissão que abandonara na encarnação pretérita e  que experimentaria novamente nesta próxima etapa.
André e Hilário não escondem a tristeza diante da separação  iminente destes amigos queridos.
Aranda  seria o novo ministro da Mansão. Neste dia Druso recebia o preito de gratidão dos internos, ladeado daquela que seria novamente sua esposa. Com a permissão do novo diretor Druso faz a prece de despedida.
Lá  fora a tempestade  gritava em convulsões, dentro, emocionados, despediam-se Hilário e André de Silas e Druso,  com lágrimas de gratidão.

domingo, 27 de novembro de 2011

Estudando André Luiz em "Ação e Reação" , capítulo 19 Sanções e auxílios

Buscando esclarecer os estagiários André e Hilário,  Druso se disponibiliza a novos entendimentos.  Fala sobre as provas nas experiências reencarnatórias, destacando a persistência no bem e nos estudos para entendimento superior e o serviço ao próximo para que através da simpatia semeada, todos os caminhos se tornem menos complicados.
Através de um manequim quase vivo, tiveram a oportunidade de presenciarem a precioso estudo sobre anatomia e fisiologia humana, bem como valiosos esclarecimentos sobre endocrinologia, as glândulas e suas relações com os centros de força do perispírito.
A descrição de André quanto a essas glândulas e seus hormônios , epífise  , hipófise,  tireóideparatireóides,  timo,  suprarrenais pâncreas e as bolsas genésicas, era de plena harmonia com os centros de força, combinadas entre si através de ramificações nervosas sutis. Druso explica a íntima ligação entre nossos estados espirituais e a sua repercussão em nosso corpo físico. Que  todo o mal praticado expressa, de algum modo, lesão em nossa consciência, e lesões desta espécie determinam distúrbios ou mutilações  no veículo de nossa manifestação física.
Druso ressalta a importância de se considerar o paciente como um todo, por parte da Medicina, para objetivar a sua cura de forma plena.
Através de raios, ainda inabordáveis pela humanidade, os centros de força são vitalizados, e estes, intimamente ligados que são às glândulas endócrinas, as influenciam.  Estas, por ação  de seus hormônios que circulam através do sangue, agem nas células, garantindo sua estabilidade.
Como exemplo, Druso fala  da tiroxina e da adrenalina, e o papel importante que desempenham na economia da fisiologia humana. Destaca que o nosso corpo  de manifestação física trará, invariavelmete, sinais da nossa disciplina ou indisciplina e comando mentais. Aborda também  o esforço no trabalho de reeducação dos espíritos em preparação para a reencarnação. Estes espíritos que chegam à Mansão em estado deplorável, após passarem  longos períodos em zonas purgatoriais ou padecendo perseguições de antigos adversários, sofrem tristes alterações em seus centros de força. Após serem acolhidos , refazem-se pouco à pouco, e é inevitável que venham a reencarnar tendo que suportar muitas anomalias, fruto dos próprios desequilíbrios.
Estes, quando bem trabalhados, com méritos,  servirão de novos impositivos de retificação Espiritual.
Este regime de sanções a que todos estamos sujeitos, pode ser solicitado pelo próprio espirito, ou por alguém quando não há condições de serem pedidos  diretamente. 
Todo abuso voluntário, físico ou moral,  sujeita o indivíduo a reencarnar em tais condições.
Suicidas diretos ou indiretos, alcoólatras,  glutões, enganadores, falsificadores, mentirosos, trapaceadores, assassinos, criminosos de toda espécie, cultores do sexo desvairado, destruidores morais, perversos, escravizadores, déspotas, desenvolverão em si mesmos condições orgânicas e físicas que se expressarão na forma de doenças congênitas, como reflexo dos deslizes antes cometidos. 
A cegueira, a mudez, a surdez, a idiotia, a paralisia, o câncer, a lepra, a epilepsia, o diabetes, o pênfigo, a loucura e tantas outras moléstias são estes reflexos. Estes aspectos congênitos permitem também  as predisposições  para diversas doenças virais e bacterianas.
No entanto,  mesmo que não haja monitoramento amoroso direto  para tais reencarnações, os recursos angariados pela humildade e reconhecimento pelos erros cometidos, por si só, ao promoverem choque consciencial, trazem reflexos positivos imediatos ao perispírito e este ao corpo físico. Druso amplia o esclarecimento ao afirmar a importância da prece, do serviço no bem, resistência  ao mal, que promovem não só aproximação de benfeitores ,   mas estimulam  o aumento de  anticorpos .
Finalizando, Druso fala sobre a dor e estabelece diferenças entre o que ele chama de dor-expiação, dor-evolução e dor-auxílio.
A dor, é um componente importante no aprimoramento do ser. A dor-evolução atua de fora para dentro do ser e por sua atuação o espírito é impelido a evoluir.  A dor-expiação vem de dentro para
fora e é instrumento de justiça e regeneração. A dor-auxílio ocorre em momentos em que o espírito reencarnado se vê obrigado a refletir sobre suas atitudes; interrompe sua trajetória e planos, para que desta paralisação surjam momentos de lucidez e retificação. Nesta última encontram-se algumas enfermidades de longo curso, que nos impossibilita a persistência no erro e muitas vezes nos prepara os sentimentos para adentrarmos na vida espiritual menos sobrecarregados. 

sábado, 5 de novembro de 2011

Estudando André Luiz em "Ação e Reação" , capítulo 18 Resgates coletivos

Um acidente de avião, põe em alerta a equipe socorrista da Mansão. Druso, com um aparelho ligado à tomada ( eletricidade no mundo espiritual) que poderíamos comparar com um pequeno monitor mostrando o que hoje conhecemos como "via satélite", mostravam imagens e som "ao vivo". No alto de uma montanha rochosa, disfarçada em meio à nevoeiro espesso, a aeronave acidentada e um ancião (espírito) rogando socorro a seis dos catorze desencarnados . O socorro do alto vinha rápido, porém a condição de cada um dos desencarnados era diversa. Oito deles permaneciam algemados ao corpo, mutilados ou não. Quatro gemiam jungidos ao próprio corpo e dois gritavam em meio à crise de inconsciência. Viam e ouviam tudo: gemidos, conversas. Rapidamente Silas cumpriu solícito todas as ordens do comandante e todo socorro era providenciado. Druso nega o pedido de André e Hilário que desejavam acompanhar de perto este resgate, porém dá oportunidade a esclarecimento minucioso do assunto.

Hilário pergunta a razão do socorro a apenas seis dos catorze desencarnados. Druso esclarece alguns pontos:

. o socorro é para todos ;

. o desastre é o mesmo para todos ;

. a morte é diferente para cada um ;

. serão retirados aqueles cuja vida interior outorga liberação imediata ;

. quanto aos demais a situação não permitia desligamento dos despojos;

. a permanência neste estado: algumas horas ou longos dias;

. mais profundamente ligados à matéria e suas ilusões, pesadas e primitivas, mais longa permanência.

. mais desvinculados dessas ilusões mais rápido o desprendimento;

. "morte física" não é "emancipação espiritual";

Druso reforça à André o amor incessante de Deus em todo o universo e que nenhuma criatura fica
desamparada. Aos poucos, todas elas receberão de acordo com suas capacidades.
Esta demora, no entanto as sujeitam a serem atraídas por mentes vinculadas às sombras, de acordo com sua incapacidade de ouvir os apelos ao bem e capacidade de simpatia ao mal.
Diante da insistência de André no acompanhamento mais próximo dos casos, Druso esclarece que o medo que neles naturalmente despertaria ao analisarem cada situação, contagiaria tanto os assistidos quanto os encarnados a quem eles pretendiam reportar estas informações.
Quanto `a origem destes débitos a serem quitados desta forma tão violenta, são ecos de atos infelizes perpetrados em tempos anteriores, suicidas ou delituosos contra outras pessoas.
Significativa explicação relativa à neutralização de nossos atos negativos de outrora com atos positivos de hoje, cessando e equilibrando-nos, por assim dizer.
Quando questionado sobre outros casos onde a morte se apresentava como único remédio, Druso
relembra um deles.
Ascânio e Lucas dois benfeitores, cuja dedicação exemplar se estendia por decênios, pleiteavam ascensão à esferas superiores, não sendo atendidos pelas autoridades. Desencantados, quando recorreram a Direção Geral, foram carinhosamente conduzidos a recordarem o próprio arquivo mnemônico. Foram revelados serviços de grande crédito nos últimos cinco séculos, entre encarnações e estágios na espiritualidade. No entanto ao recuarem mais no tempo em seus arquivos de memória, encontraram em 1429, quando serviam ao exército de Joana D'Arc, um crime hediondo, de cujo remorso pós-túmulo não escaparam. Não desejando continuar na inquirição do passado nem a ascensão antes pretendida, escolheram tarefas de colaboração na área da aeronáutica, tendo nesta, sofrido a mesmo gênero de queda mortal.
Acompanhou-os nos preparativos para a reencarnação que juntamente com outros espíritos passariam por provas em resgate coletivo. Nem todos tinha a prerrogativa da escolha. Suas desencarnações aconteceriam em favor do progresso de diversas áreas de atividade humana, na infância, na juventude ou na velhice, com acidentes diversos, desde pequenas mutilações até a morte. Pais e filhos encontram-se em perfeita harmonia de necessidades nestas empreitadas, atendendo a todos em seus ajustes com a Lei onde a saudade em núcleo familiar nos lapida .
A dor coletiva nos corrige as falhas mútuas.
Ascânio e Lucas poderiam reinvindicar novamente a ascensão, desde que tivessem todos os seus compromissos devidamente quitados.
Druso finaliza explicando :"Quanto mais céu interior na alma, através da sublimação da vida, mais ampla incursão da alma nos céus exteriores, até que se realize a suprema comunhão dela com Deus Nosso Pai. Para isso, como reconhecemos, é indispensável atender à justiça, e a Justiça Divina está inelutavelmente ligada à nós, de vez que nenhuma felicidade ambiente será verdadeira felicidade em nós, sem a implícita aprovação da nossa consciência".
André e Hilário retornam ao Templo da Mansão para orar e pensar.

domingo, 30 de outubro de 2011

Estudando André Luiz em "Ação e Reação" , capítulo 17 Dívida Expirante

Agora era a hora de conhecer um hospital, onde André e Hilário, em companhia de Silas teriam contato com um doente em especial. Foram recebidos com alegria por todos, mas o Atendente Lago  veio recepcioná-los explicando a situação de Léo. Após percorrerem os corredores do pobre hospital onde podiam identificar muitos doentes acompanhados por desencarnados em trabalho de assistência,
logo encontraram quem visitavam.
Léo apresentava quadro de tuberculose avançada, e sua aparência física não escondia isto. Respirava com sérias dificuldades, porém, mostrava um olhar calmo e lúcido, parecendo inteirar-se completamente quanto às consequências graves de sua enfermidade. Ao exame mais minucioso de sua condição orgânica, André e Hilário constatam estado avançado de comprometimento pulmonar, e consequente enfraquecimento físico total. A infecção generalizada parecia irreversível e seu desencarne iminente.
Sua lucidez e calma , porém eram grandes. Silas convida os estagiários a formularem indagações diretamente ao doente, que crendo-se ensimesmado, mostrava-se sereno e destemido quanto ao desfecho breve. Declarando-se Cristão convicto, tomava o exemplo do Mestre Nazareno como gerador de sua coragem. Declinou ser católico romano, o que fez André refletir sobre a sublimidade  do verdadeiro sentimento cristão que está muito acima de qualquer convicção de cunho religioso. 
Passa, a partir daí, a descrever suas relações familiares e conta ser Henrique, seu irmão,  responsável por sua situação. Explica que desde cedo sofreu de desequilíbrios mentais, e que mais tarde, fora do manicômio, com seus pais já desencarnados, Henrique negou-se a recebe-lo, desejando não compartilhar a herança que com ele  deveria ser dividida.  Buscou trabalho e como vigilante noturno, passando frio adquiriu a doença que hoje o fustiga.
Quando questionado quanto aos sentimentos que nutria pelo irmão, demonstra grande capacidade de compreensão e perdão, e após pergunta de Hilário, Silas confirma ser sua reencarnação assistida pela Mansão.
Silas explica que sob o ponto de vista da presente encarnação, Léo estava quitando débito de sua encarnação anterior, onde como Ernesto, filho de pais abastados mortos muito cedo, alijou seu próprio irmão Fernando de todo e qualquer acesso aos bens deixados pelos pais. Nas recepções sociais envergonhava-se do irmão que sofria de idiotia incurável. Enjaulou o irmão nos fundos da propriedade isolando-o de todo e qualquer convívio, tramando mais tarde sua morte. Deixava sempre  o seu irmão solto na propriedade ao relento onde apesar de adoentar-se, sua resistência orgânica não permitia uma doença mais séria. Insatisfeito,  certa noite, afrouxa a vigilância sobre dois escravos permitindo-lhes a fuga e consuma o assassinato do irmão, acusando os dois fugitivos do delito , inocentando-se, assim, perante a sociedade.
 Ao desencarnar, colhido pelo remorso,  nega-se a unir-se à entidades da sombra que, mesmo assim, impõem-lhe severos sofrimentos. Após seguidos anos vagueando em locais tenebrosos é recolhido pela instituição. Rogou seu retorno à carne em condições de padecimento iguais à que impusera e assim retornou alienado mental e e infeliz, orfão logo cedo , sofrendo a vileza de um irmão insensato que o internou num manicômio, para não faltar similaridade de atitudes. O sangue que hoje jorra de sua boca pela hemoptise, causada por bacilos assassinos  é similar à que  fez  jorrar em seu irmão após as punhaladas assassinas. 
Finalizando, Silas explica :"Quando a nossa dor não gera novas dores e nossa aflição não cria aflições naqueles que nos rodeiam, nossa dívida está em processo de encerramento".
Em breve,  missionários da libertação viriam em socorro ao companheiro.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Estudando André Luiz em "Ação e Reação" , capítulo 16 Débito aliviado

Neste capítulo, André Luiz e Hilário acompanhados por Silas, conhecem Adelino Correia. Ambos  são levados a conhecê-lo em um centro espírita-cristão e aos poucos  começam a se inteirar dos fatos que cercam a sua reencarnação. Adelino mostra-se uma pessoa profundamente conectada com esferas espirituais superiores. Materialmente, no entanto, exibia "longa faixa de eczema na pele à mostra. Certa porção da cabeça, os ouvidos e muitos pontos da face exibiam placas vermelhas, sobre as quais se formavam diminutas vesículas de sangue, ao passo que as demais regiões da epiderme surgiam gretadas, evidenciando uma afecção cutânea largamente cronificada.
Adelino trabalhava com afinco nas tarefas espirituais e não sonegava recursos financeiros quando requisitado pelos mais necessitados,
Espíritos diversos solicitavam  intervenções em favor de Adelino, quanto à sua enfermidade e suas dificuldades financeiras.
Seu esforço era contagiante e os amigos espirituais vinculados à Mansão davam uma especial atenção à todos os seus compromissos de ordem espiritual e material. André conta deste clima de solidariedade que predominava segundo as atitudes de Adelino.
Terminadas as tarefas da noite, acompanharam-no até o seu lar onde encontraram Leontina sua mãe  com quem vive . Encontram três crianças: uma menina loura de uns nove anos de idade e outros dois meninos de escura tez. Marisa filha de Correia, abandonada há seis anos pela mãe.
Os outros dois Mario e Raul, filhos adotivos, não menos queridos.
Com certa surpresa, Hilário e André descobrem ser Adelino casado, porém separado da esposa.
Silas, de modo a esclarecer o assunto, passa a descrever-lhes os fatos com maiores detalhes.
Filho de escrava, desencarnada no parto,  e rico fazendeiro, desde o seu nascimento, tornou-se uma exceção em meio a muitas atitudes violentas e equivocadas de seu pai Martim Garcia , que desde muito jovem abusava das jovens escravas, abandonando-as, ou pior, vendendo-as , com  seus filhos para que não viessem a incomodá-lo. Tratado de forma gentil e amável pelo pai, agregado de imediato à família foi legitimado como herdeiro e tornaram-se parceiros acima de tudo. Mais tarde, acaba se apaixonando pela jovem madrasta Maria Emília,  que não lhe nega correspondência, e tramam em meio a doença de Garcia , sua morte. Auxiliado por capatazes do próprio pai dos tempos de abuso na senzala,
dão-lhe medicação que o entorpece e em seguida ateiam fogo no leito, buscando simular acidente.
Desencarnado, se junta à entidades infernais e continua a perseguir implacavelmente o filho Martim . Desde então, Martim   passa a sofrer as consequências de remorso insuportável. Tenta "fugir" para a Europa mas nada o fazia esquecer o delito . Seu físico passa a sofrer as consequências do desequilíbrio psíquico a que é submetido e sua pele expõe uma chaga como se estivesse exposta ao fogo. Aliena-se e é tachado de louco pela própria esposa a pretexto de inocentar-se perante a sociedade. Desencarna e o pai revoltado, arrasta-o consigo,  perdurando esta situação de humilhações e tormentos  durante onze anos . Este drama só começa a ser resolvido com a intervenção dos amigos da Mansão  que o resgatam em lamentável estado, e  mais tarde providenciam sua reencarnação orientada , em cuja carne reflete as queimaduras a que submeteu seu pai.  As feridas que Adelino exibia eram o reflexo do conteúdo mental vinculado ao  remorso que se iniciou ainda antes do seu desencarne .
Marisa, hoje sua filha, a madrasta do passado sente o gosto amargo do abandono de sua mãe. Os filhos adotivos Raul e Mario, antes Antonio e Lucídio, os capatazes acumpliciados na trama, e que tanto humilharam os negros escravos da época, nascem como afro-descendentes, recolhidos agora em lar Cristão, tutelados agora  pelo amor nobre de Adelino.
Martim Gaspar, também teve a chance de ser socorrido na Mansão e após muito sofrimento e aprendizado, experimentará o entendimento com Adelino.
Na noite seguinte em rápida excursão, estavam de volta ao lar de Adelino.
Breve diálogo com auxiliares que explicam que um  recém nascido logo estaria com eles. Ao término das explicações Druso adentra à casa,  abraça Adelino,  desligado do corpo em desdobramento, e faz sentida prece.  (na coluna ao lado esquerdo)
Explica que em brevíssimo tempo terá a oportunidade do reencontro com o antigo pai. Adelino  acorda emocionado e em prantos. "Ouve" que pelo amor celeste , mais uma criança abandonada, lhe seria confiada.
Em seguida, após alguns  minutos o plano de trazer Martim Gaspar ao convívio de Adelino se concretizava. Pequeno recém-nascido é deixado à porta da casa de Adelino que o abraça com a certeza de ser ele o seu verdadeiro filho.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Estudando André Luiz em "Ação e Reação" , capítulo 15 - Anotações oportunas

André  e Hilário  não perdiam a oportunidade de aprofundarem os estudos que o caso de Ildeu e Marcela ofereciam. E assim, logo que chegaram à mansão, buscavam Silas para maiores esclarecimentos.
Silas, elucidando o questionamento de Hilário sobre uma abordagem da psicanálise clássica para o caso de Roberto e Marcela (complexo de Édipo)*, explica que maior abrangência e profundidade espiritual, teria conseguido Freud se tivesse expandido seus estudos em face da reencarnacão. Obedecendo, porém, ao pragmatismo científico,  Freud deteve-se à  análise de aspectos puramente fisiológicos. Neste ângulo de visão, tanto  Márcia e Sonia quanto Roberto estariam vivenciando processos automatizados de comportamento adquiridos nesta mesma encarnação, mas na realidade, segundo Silas, filho e mãe, pai e filhas, traziam em si,  simpatias  e afinidades de reencarnação pretérita.
Quanto à amnésia infantil valorizada por Freud, o instrutor Silas lembra do próprio processo de  esquecimento a que o espírito reencarnante é submetido. Manifestará aí, de forma instintiva, simpatia , lembranças e opiniões que povoarão temporariamente a mente em formação e amadurecimento. Mais tarde, com o envelhecimento, novas vivências serão experimentadas, já sob influência  do desgaste da máquina física. 
A seguir Silas tece longas considerações a respeito do sexo como expressão viva do amor infinito de Deus  em toda a sua  Criação: "...desde os princípios subatômicos à atração dos astros, porque então, expressará força de amor ...".  Considera que pelo princípio de atração, o Amor de Deus se manifesta, nos mais diversos aspectos e das mais diversas formas. Que o sexo não pode estar ausente no reino espiritual, posto que é substancia mental . Não representa uma energia fixa da Natureza influenciando a alma, e sim , uma energia variável da alma, que com ela trabalha a Natureza que a envolve, aprimorando a si mesma . É uma força do Criador na criatura com vistas a expansão de amor e luz, condicionada à lei de responsabilidade.
Tecendo considerações à respeito do sexo como, apenas, manifestação erótica, como procura de prazer e de fixação nos aparelhos genitais, masculino e feminino,  Silas considera estes aspectos 
nivelados com experiências primárias do espírito. Saindo obrigatoriamente do campo erótico ao se elevar espiritualmente, buscam-se outras formas  mais nobres de prazer: "Temos assim o prazer de ajudar, de descobrir, de purificar, de redimir, de iluminar, de estudar, de aprender , de elevar, de construir e toda uma infinidade de prazeres"...
Os lares onde as uniões possibilitarão a reencarnacões de almas necessitadas de aperfeicoamento são abencoados e também  merecem  todas as atencões da Providência Divina . O entendimento entre espíritos afins produz progresso, iluminacão, crescimento e aproximam a Humanidade do Céu. O empreendimento de Jesus: a maior cometimento de amor no mundo.
Silas, a pedidos de Hilário e André, aborda o tema "sexo" sob o ponto de vista dos comprometimentos que à partir do seu desregramento, homens e mulheres adquirem.
Todos os nossos atos infelizas geram consequencias  de mesmo naipe e necessidade de reparacão.
Os desequilíbrios gerados na carne repercutem na vida espiritual. Quanto mais esclarecido o espírito sobre o seu deslize, mais pungentes a sua dor e sede de reparacão.  
Hilário fala das falhas do campo genésico e dos males profundos da "crueldade mental que praticamos em nome do amor ". Silas explica as leis de acão e reacão a que todos estamos sujeitos e descreve toda lista de atitudes infelizes que homens e mulheres são obrigados e responder. Tormentos infernais na vida espiritual e monstruosidades  na vida terrena. Reencarnacãoes  repercutindo homicídio, infanticídio, loucura, suicídio,  falência, esmagamento dos outros geram  as
"vítimas da mutilação congênita, da alienação mental, da paralisia, da senilidade precoce, da obsessão enquistada, do câncer infantil, das enfermidades nervosas de variada espécie, dos processos patogênicos inabordáveis e de todo um cortejo de males decorrentes de trauma perispirítico que, provocando desajustes nos tecidos sutis da alma, exige longos e complicados servicos de reparação a se exteriorizarem com o nome de inquietação, angústia, doença , provação,desventura, idiotia, sofrimento e miséria."
Quase finalizando, Silas fala ainda da inversão de sexo, quando aviltando irresponsavelmente o
sexo em si mesmo ou em outro, se vê obrigado a reencarnar em sexo oposto ao de costume, para que neste outro possa sentir todos os revezes morais e físicos que impôs a outros.
O aborto também é abordado, e toda a sorte de repercussões que está sujeita, não só aquela que o
 pratica em si mesma, mas também aqueles que, de uma ou outra forma, o incentivam, financiam ou executam. Diversas doenças  se lhe repercutem na área genésica, quais sejam, a metrite, o vaginismo, a metralgia, enfarte uterino, câncer. Matriz comprometida, receberá "cópias" igualmente comprometidas moralmente: será mãe, recebendo em seu ventre os que já foram suicidas e criminosos.


Enfim, companheiros, que lições essas que nos são proporcionadas por André Luiz/ Chico ! 

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Estudando André Luiz em "Ação e Reação" , capítulo 14 Resgate interrompido

André Luiz e Hilário passaram a cooperar na rearmonização de pequena família domiciliada no subúrbio de populosa cidade.
A família era composta por Ildeu, sua esposa Marcela e seus três filhos: Roberto, Sônia e Márcia. Ildeu, no entanto, mantinha relacionamento com Mara, jovem inconseqüente.
Ildeu  tudo fazia para que a esposa o abandonasse. Marcela porém tinha consciência do dever a cumprir e mantinha-se dedicada ao lar, procurando superar sua dor. À noite, orava junto com os filhos antes do sono, especialmente pelo pai ausente. Esse chegava bem tarde da noite, cheirando álcool e trazendo sinais de aventuras inconfessáveis. Se Marcela o lembrasse de alguma necessidade financeira da casa, ele se irritava, reclamando do casamento e mandando-a trabalhar. Ela de fato trabalhava o que podia, lavando roupa para fora, mas a maior parte do seu tempo era dispendida cuidando da casa e dos filhos.
Nessas discussões, quase sempre o filho Roberto vinha em socorro da mãe. E então Ildeu espancava o garoto e tinha ganas de matá-lo, vendo nele não o filho, mas um adversário.  Já o contrário ocorria com relação às meninas, às quais devotava profundo amor.
A situação se mantinha assim e toda noite André e os demais passavam pela casa, para acompanhamento e ajuda magnética.
Ildeu piorava a cada dia. Sua mente estava dominada pelas imagens de Mara e passou a odiar a esposa. Pensava na separação, excelente oportunidade para livrar-se de Roberto. No entanto, não estava preparado para separar-se das filhas e sabia que a justiça daria a guarda dos filhos a Marcela.
A partir daí desenvolveu plano sinistro para assassinar a esposa e faria tudo para que parecesse um suicídio. Começou por dar trégua à irritação e brigas. Passou a ser simpático e sorridente, mas suas intenções e fingimento eram bem visíveis ao Plano Espiritual. Marcela era amparada pela Mansão e foram colocados companheiros para acompanhar o desenrolar dos acontecimentos.
Em uma determinada noite, sob a influência de homicidas desencarnados atraídos por seus pensamentos expressos, Ildeu preparava-se para consumar o assassinato da esposa. Com a ajuda de entidades amigas em trabalho na vizinhança, primeiramente foram retirados do ambiente os desencarnados delinqüentes e alcoólatras .
Ildeu pretendia trancar o quarto dos filhos, para evitar-lhes o testemunho. Silas, no entanto, em ação muito rápida, demandou o leito das meninas e, utilizando-se de recursos magnéticos, chamou Márcia, ainda em corpo espiritual, para uma rápida contemplação dos intentos paternos. Com o choque, a criança acordou gritando, pedindo ao pai que não matasse. Os gritos ecoaram pela casa. Ildeu encontrava-se na porta do quarto dos filhos, com o revólver na mão. Marcela acordou e correu ao quarto dos filhos e viu o marido com o revólver na mão. Bondosa, não tinha a menor idéia do plano sinistro, e pensou que ele pretendia suicidar-se.

Em prantos, implorou-lhe que não o fizesse. Mais: disse-lhe que se era vontade dele, que fosse montar nova casa, com quem o fazia feliz, pois ela iria cuidar dos filhos que Deus lhe havia dado. Ildeu encontrou aí a oportunidade que esperava e disse que realmente não agüentava mais e só via  o suicídio ou o desquite como alternativas para sua vida.
Marcela retirou as balas do revólver e chorava, pensando em como haveria de fazer para sustentar e criar sozinha seus filhos. Silas aplicou-lhe passes e a trouxe, desdobrada, para uma conversa no plano espiritual, Procurou infundir-lhe ânimo, apoiando-lhe a decisão de dar a Ildeu a liberdade tão sonhada por ele, respeitando-lhe o livre-arbítrio, muito embora não fossem esses os planos feitos para a presente encarnação. INTERROMPERIA, ASSIM, OS RESGATES PREVISTOS PARA A PRESENTE ENCARNAÇÃO. Estaria assegurando mais dissabores a si mesmo e um dia teria de retomar o resgate interrompido, talvez bem mais onerado. A Marcela aconselhou-a a ter coragem, inspirar-se em seu amor pelos filhos queridos e ter a mais absoluta confiança de que não estaria só em sua luta. Marcela chorava ainda, e parentes desencarnados vieram solidarizar-se com ela e apoiá-la na nova fase de sua vida.
André e Hilário questionavam o motivo de Marcela, meiga e honesta, passar por tantos dissabores. Por que Ildeu agia com visível preferência pelas filhas e ódio pelo filho???
Inicialmente, o Assistente falou sobre o desquite/divórcio, lembrando Mateus, que registrou as palavras de Jesus, dizendo que essa separação é permitida por causa da dureza dos nossos corações. Sua colocação  é de que o divórcio não soluciona o problema da redenção, porque ninguém se reúne no casamento humano ou nos empreendimentos de elevação espiritual, no mundo, sem o vínculo do passado, e esse vínculo, quase sempre, significa débito no Espírito ou compromisso vivo e delongado no tempo. O homem ou a mulher, desse modo, podem provocar o divórcio e obtê-lo, como sendo o menor dos piores males que lhes possam acontecer... Ainda assim, não se liberam da dívida em que se acham incursos, cabendo- lhes voltar ao pagamento respectivo, tão logo seja oportuno”

Ildeu e Marcela são duas almas em longo processo de reajuste. Na última encarnação, eram marido e mulher, mas Ildeu não estava feliz com seu casamento. Abandonou Marcela e seduziu uma jovem (uma das filhas da atual encarnação)) e com ela foi morar. Seus pais haviam falecido e ela cuidava de uma irmã mais jovem (a outra filha da atual encarnação). Essa também foi seduzida por Ildeu. Porém, em decadência moral, Ildeu precipitou ambas no meretrício. Marcela, por sua vez, buscou refazer sua vida, passando a viver com homem honesto e bom. Só que Ildeu foi se degradando e ficou doente, retornando à cidade onde havia deixado Marcela. Dominado por injustificável ciúme, mata-lhe o companheiro (que vem a ser o filho Roberto na atual encarnação).
Em retorno ao plano espiritual, após a desencarnação de todos os personagens, foi feito o planejamento do resgate de Ildeu, com a ajuda de Marcela e reunião de todos os personagens do sofrido drama. No entanto, Ildeu está interrompendo o resgate, como vimos.

O plano espiritual buscará de todas as formas auxiliar Marcela para criar e educar os filhos. Marcela tem muito para ser uma vencedora, muito embora não seja matemático que isso ocorrerá. Não dá para medir a resistência da criatura chamada a desempenhar encargos duplos. Caso ela não resista e resvale por caminhos de desequilíbrio, Ildeu terá seus débitos agravados, pois “quem se faz responsável por nossas quedas, experimenta em si mesmo a ampliação dos próprios crimes”

E se o sucesso de toda a família for absoluto, a quem Ildeu pagará a dívida contraída? Silas explica: Embora estejamos todos, uns diante dos outros, em processo reparador de culpas recíprocas, em verdade, antes de tudo, somos devedores da Lei em nossas consciências. Fazendo mal aos outros, praticamos o mal contra nós mesmos. Caso Marcela e os filhinhos se ergam, um dia, a plenos céus, e na hipótese de guardar-se nosso amigo mergulhado na Terra, vê-los-á Ildeu na própria consciência, sofredores e tristes, quais os tornou, atormentado pelas recordações que traçou para si mesmo e pagará em serviço a outras almas da senda evolutiva o débito que lhe onera o Espírito, de vez que, ferindo os outros, na essência estamos ferindo a obra de Deus, de cujas leis soberanas nos fazemos réus infelizes, reclamando quitação e reajuste.”

André e Hilário retiraram-se para meditar e orar. 

domingo, 7 de agosto de 2011

Estudando André Luiz em "Ação e Reação" , capítulo 13 Débito estacionário

Muitas tarefas foram realizadas ao longo dos dias, quando André e Hilário puderam fazer muitas observacões. 
Numa noite,  Silas foi chamado às pressas para atender o caso de Poliana, profundamente adoecida de enfermidade cardíaca e com a tarefa de cuidar de Sabino, seu filho com deficiência mental severa. No casebre em zona rural onde ambos viviam tutelados pela mansão da paz, era evidente o estado de pobreza e penúria em que sobreviviam cumprindo extenso compromisso reencarnatório.
Silas, em breve exame, identificou o risco iminente de acidente vascular , e cogitando grandes transtornos para o filho, que no caso de desenlace da mãe não conseguiria sobreviver, dada a profunda ligacão fluídica. Silas então providencia, numa operacão de fluidificacão da água, remédio urgente, para breve refazimento de Poliana, permitindo que ela pudesse aguardar socorro material para o dia seguinte. Um tanto quanto refeita, Poliana, desdobrada em sono físico, é encaminhada a um bosque próximo e deitada na relva, quando então, Silas faz prece sentida  (na coluna ao lado),  pedindo ao Alto misericórdia à Poliana. Ao final da rogativa de Silas, cinco espíritos vindos de esferas superiores "materializaram-se" e energias da natureza somadas aos fluidos  das plantas,  repuseram-lhe energias.
Assim feito, voltaram as atencões à Sabino, e a pedido de Silas, André e Hilário sintonizaram-se na mesma faixa mental do paralítico  que demonstrava quadros mentais estranhos, longe da realidade. Suas formas-pensamento adensavam-se mostrando uma realidade passada, fixada em aristocracia, usufruindo de situacões onde pessoas eram usadas criminosamente para lhe satisfazer as vaidades. Ao seu lado Poliana sempre o acompanhando, em quadros de luxo, porém,
insensíveis às manchas de sangue que também os rodiavam. Para entabularem diálogo mental, passaram a mentalizá-lo como Barão de S... Insensível aos seus próprios desmandos, buscava justificar seus atos insanos com motivos torpes. Silas explicou que sua reencarnacão nas condicões ali expostas, serviam como prisão temporária, prisão que já havia experimentado no plano espiritual,
já que sua liberdade consciente, tanto num como noutro estado,  provocaria perturbacões e tumultos imprevisíves. Assim se fazendo irreconhecível  e incomunicável poderia, por misericórdia de Jesus,
ter a trégua necessária para o seu recomeco. Nesta questão, sob coordenacão da Mansão, sofreu hipnose de longo curso e Poliana conseguiu absorver ensinamentos morais que a fizeram compreender a necessidade da expiacão, e como sua mãe agora, buscava a regeneracão.
 Vale ainda citar a descricão de André em relacão aos centros de forca de Sabino: "...todas as energias de seus fulcros vibratórios refluíam sobre seus pontos de origem, dando-nos a impressão de que Sabino estava enovelado inteiramente em si mesmo, à maneira de lagarta ilhada no casulo dela própria nascido".

domingo, 19 de junho de 2011

Estudando André Luiz em "Acão e Reacão" , capítulo 12 - Dívida agravada

Descendo  as escadarias do templo , passando da claridade à sombra, Silas, Hilário e André vão de encontro aos grupos de espíritos endurecidos e torturados pela miséria, angústia e ódio. Todo este sofrimento exercia forte influencia nas suas formacões perispiríticas e pela comunhão de pensamentos tornavam-os muito semelhantes entre si e seus olhares,  entre a raiva e o medo revelavam o estado de loucura a que chegaram. Forte influência de luz, carregada de intensa forca eletromagnética formava a barreira energética que mantinha a ordem  interna do templo.
Desta forma, estes  irmãos não poderiam ser recolhidos  assim desequilibrados , sob pena de quebrarem a harmonia  e o bom andamento das tarefas  ali realizadas, explicou Silas. Muitos deles gostariam de desfrutar dos beneficios da prece, porém , sem a sinceridade necessária, descambariam em atitudes de ironia e blasfêmia, pondo toda Mansão em risco.
Silas é interpelado por uma mãe, Luisa,  desencarnada em desespero pois sua filha Marina está prestes a cometer suicídio. A pronta intervencão de Silas é eficaz. Consegue  energicamente, não só demovê-la da sinistra idéia , como também por sua influência o copo com veneno é por ela derrubado e para acalmá-la de vez , aplica-lhe forte energia fluídica, capaz de entorpecê-la. Marina agora dormia profundamente.
Enquanto isso, desprendida do corpo físico, reencontra emocionadamente sua mãe, e Luisa aproveita a ocasião para admoestá-la quanto à sua pretensa fuga com o suicídio  e  encorajá-la a continuar sua luta junto a Jorge seu marido doente,  na criacão de sua filha  Nilda, surda-muda e com seríssimos problemas mentais. 
Nilda fora irmã de Marina alguns anos antes: Zilda.  Jorge às vésperas de seu casamento com  Zilda, comunicou sua paixão  pela sua irmã Marina que fizera de tudo para conquistar o amor do futuro cunhado.
Zilda aparentemente conformada, algum tempo depois, desesperada comete suicídio bebendo certa dose de formicida. O caso de Marina foi analisado pelo ministro Sânzio que considerou sua dívida agravada e deliberou que Zilda fosse recebida por Jorge e Marina como filha com sérios problemas devido ao suicídio. 

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Estudando André Luiz em "Acão e Reacão" , capítulo 11- O templo e o parlatório


Após o ponto culminante do caso Antonio Olímpio, Hilário e André Luiz procuraram o Instrutor Druso em busca de aconselhamento para continuidade de seus estudos quanto à lei de causa e efeito. O Instrutor Druso lembrou-os de que na Mansão tiveram a oportunidade de constatar as inúmeras formas de colheita de sofrimento em todas as suas fases dolorosas e difíceis, como conseqüência direta de decisões e ações individuais.  A cada ação da criatura corresponde uma reação, seja remorso, padecimentos, amarguras, dores e outras tantas formas. Enfatizou, no entanto, que nem sempre as criaturas têm a coragem de aceitar o sofrimento que geraram para si como conseqüências das próprias ações e caem em desespero ou rebelam-se.
Druso entende ser muito importante continuarem Hilário e André Luiz suas lições e anotações quanto à lei de causa e efeito em mais amplos setores, dizendo:
  “ O nosso instituto mais se nos afigura uma estação de chegada em que a culpa se movimenta com lentidão.  A massa esmagadora dos que chegam deteriorados ou imperfeitos estaciona nos celeiros de sombra das regiões inferiores em que nos achamos, à espera de novo plantio nas leiras do mundo. É que cada criatura transpõe os umbrais do túmulo com as imagens que em si mesma plasmou, utilizando os recursos do sentimento, da idéia e da ação que a vida lhe empresta, irradiando as forças que acumulou no espaço e no tempo terrestres.”
 Druso lhes diz que há renovado material de consulta no templo e no parlatório, nos arredores da Mansão, locais freqüentados por desencarnados que buscam reconforto e por encarnados desdobrados do corpo físico durante o sono. Há atendentes especialmente dedicados a coletar-lhes reclamações e solicitações, registrando os problemas pertinentes. Druso sugere que se incorporem às equipes, colaborem com elas e façam apontamentos diversos. A pedido de Hilário, Silas conversa com Druso e recebe dele autorização e instrucões  para acompanhá-los.   No momento marcado, Silas levou-os ao Templo, que Hilário e André Luiz descrevem como vasto recinto iluminado, semelhante a uma grande capela do mundo físico.  O único símbolo religioso que identificaram foi uma cruz radiante de material argênteo sobre mesa simples encostada ao centro do fundo do ambiente. Nas paredes de brancura de neve, salientavam-se nichos vazios. Música suave e doce casava-se em perfeita harmonia com o ambiente, inclinando a todos à reverência e à meditação. Mais de duas centenas de entidades postavam-se em prece ante os nichos vazios.
André Luiz emociona-se e lembra-se da sua infância, da sua mãe e da pureza da reverência ao Supremo Senhor, nosso Deus e nosso Pai. A emoção fez com que não conseguisse conversar com Silas, havendo apenas lugar para seu pranto e oração, contemplando a luminosa cruz. Recordou-se de Jesus e da oração que Ele nos deixou: “ O Pai Nosso”...
Perguntado, Silas explicou que a cruz lembra a todos os presentes que o Espírito de Jesus Cristo está presente, não obstante a região umbralina em que se encontram. Os nichos vazios dão a oportunidade a que cada um faça suas preces de acordo com suas crenças religiosas: “até que a alma obtenha a Sabedoria Infinita é indispensável caminhe na longa estrada dos símbolos de alfabetização e cultura que a dirigem na senda de elevação intelectual, e, até que atinja o Infinito Amor, é necessário palmilhe as longas rotas da caridade e da fé religiosa, nos múltiplos departamentos da compreensão que lhe assegura o acesso à Vida Superior. Os Poderes Divinos, que nos regem, determinam que toda classe de fé sincera e respeitável aqui encontre amorosa veneração.” Os presentes oravam em pé, confortavelmente sentados ou de joelhos – da maneira que lhes parecesse a melhor.
Aproximaram-se de senhora que orava ajoelhada e buscaram assimilar-lhe a faixa mental e assim percebendo as imagens mentais criadas em seu processo pessoal de oração. A imagem mental que criava parecia brotar da parede branca e era a reprodução da escultura de Teixeira Lopes da Mãe Santíssima chorando o filho morto (Pietá). Rogava com profundo sentimento pelos filhos que vagavam nas sombras. Profundamente apegados à matéria, não vacilaram em apelar para o crime, muito embora tivessem permanecido impunes pela justiça dos encarnados. Silas explica que “É uma criação dela mesma, reflexo dos próprios pensamentos com que tece a rogativa, pensamentos esses que se ajustam à matéria sensível do nicho, plasmando a imagem colorida e vibrante que lhe corresponde aos desejos. Isso, contudo, não significa que a prece esteja sendo respondida por ela mesma. Petições semelhantes a esta elevam-se a planos superiores e aí são acolhidas pelos emissários da Virgem de Nazaret, a fim de serem examinadas e atendidas, conforme o critério da verdadeira sabedoria.”  
Comentou que se encontravam ali naquele Templo devotos dos grandes heróis do Cristianismo. Mostrou outra senhora em oração, pedindo a proteção de Teresinha de Lisieux (Santa Teresa do Menino Jesus, na Igreja Católica, desencarnada no Carmelo de Lisieux, França, em 30 de setembro de 1897). Explicou que a prece chegava ao coração da freira, pois “Depois da morte do corpo, as criaturas efetivamente santificadas encontram as mais altas quotas de serviço, na expansão da luz ou da caridade, do conhecimento ou da virtude, de que se fizeram a fonte viva de inspiração, quando no aprendizado humano. O céu beatífico e estanque existe apenas na mente ociosa daqueles que pretendem progresso sem trabalho e paz sem esforço. Tudo é criação, beleza, aprimoramento, alegria e luz incessantes na obra de Deus, a expressar-se, divina e infinita, através daqueles que se elevam para o Infinito Amor.”
Hilário pergunta o que aconteceria no caso de prece dirigida a alma julgada santa pelos homens, mas sem sê-lo no plano espiritual. Silas explica que as orações alcançarão nesse caso o grupo de companheiros a que deveria pertencer e que amorosamente substituem essa alma na prática do bem. A uma pergunta de Hilário, Silas esclareceu que não quer isso indicar que o espírito das congregações religiosas ainda prevaleça no plano espiritual: “Quanto mais se eleva aos cimos da vida, mais se despe a alma das convenções humanas, aprendendo que a Providência é luz e amor para todas as criaturas. Entretanto, até que a alma se identifique com os fatores sublimes da consciência cósmica, os círculos de estudo e fé, aperfeiçoamento e solidariedade, pelo bem que realizam, estejam onde estiverem, merecem o maior acatamento das Inteligências Superiores que atendem à execução dos Planos Divinos.”
Continuando as observações, Silas levou Hilário e André Luiz até uma senhora que orava mentalizando o Dr. Bezerra de Menezes, pedindo pelo esposo, que atravessava fase muito difícil e poderia até enveredar pelo caminho do suicídio. Sua imagem estava projetada em primorosa fotografia mental pela senhora que orava. Silas lembrou o trabalho do Dr. Bezerra depois de desencarnado, tendo formado extensa equipe, que lhe segue as diretrizes no trabalho de auxílio em nome de Jesus. Assim, Bezerra de Menezes tem condição de atender aos inúmeros pedidos de socorro por meio de entidades que o representam com extrema fidelidade. Terminando a conversação, foram conduzidos por Silas ao parlatório, deixando o ambiente de luz e paz e chegando à porta de acesso ao pátio exterior do Templo. Vozerio, grupos enormes conversando, chorando, gritando... um absoluto contraste com o interior do Templo. Silas explicou que essa era a fronteira vibratória da Mansão e que ali compareciam almas sinceras e sofredoras, mas em profundo desespero, a inibir-lhes as vantagens da oração pacífica. E Silas esclarece “Neste grande recinto, dedicado à palavra livre, encontramos realmente a nossa divisa vibratória... Além dele, é a dor inconformada e terrível, gerando monstruosidade e desequilíbrio a exprimirem o inferno da interpretação religioso comum; no entanto, muros a dentro de nossa casa, é a dor paciente e compreensiva, criando renovação e reajuste para o caminho dos Céus...”
Hilário e André Luiz calaram-se diante dos fortes sentimentos que os dominavam e também por perceberem que Silas fazia uma oração.

Para este resumo contamos com a colaboracão da companheira
Irene Dias S. Cavezzalle

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Estudando André Luiz em "Acão e Reacão" , capítulo 10 - Entendimento

Na noite seguinte, Silas, André e Hilário vão ao encontro de Clarindo e Leonel , na casa de Luís. As mudancas no comportamento dos irmãos eram visíveis e animadoras.Os relatos de Silas os tocaram profundamente .
Luís, por sua vez, seguia comentando com outros amigos os mesmos assuntos da véspera, mas estes já não mais atraíam a sintonia de Clarindo e Leonel, que convidados por Silas, volitaram  em direcão a um  grande hospital em cidade terrestre. Buscavam notícias de Laudemira junto à Ludovino, dirigente espiritual responsável por algumas reencarnacões  sob responsabilidade da Mansão da Paz. A paciente em questão merece todo o cuidado pois está sujeita à acão de espíritos que a perseguem e que a influenciam negativamente em sua gravidez.
Uma cesariana agora , atrapalharia futuras gestacões. Silas explica que a assistida sofre agora as acões de espíritos que foram por ela prejudicados  noutros tempos e que agora ela os recebe como filhos.  A acão magnética de Silas, auxiliado por André e Hilário e agora, também por Clarindo e Leonel tiveram êxito. Silas esclarece a ligacão de Laudemira com fatos ocorridos há cerca de cinco séculos, na corte de Joana II , Rainha de Napoles, ocasião em que usou de vaidade, leviandade, domínio, prazeres, dissipacão, arrastando homens  e mulheres  à desgraca e  infortúnio , destruindo lares . Permaneceu após o desencarne por  mais  de cem anos nas trevas mais densas  perseguida por inimigos dispostos a não perdoarem . Reencarnou por quatro vezes e a cada reencarnacão e desencarnacao não solvia de vez seus débitos. Hilário então pergunta por quê não sofrer tudo no plano espiritual e resolver de vez a questão ? Silas argumenta que, apesar de a  cada retorno dela à carne, conseguir um pagamento parcelado de seus débitos, esta também criava  novos débitos, inclusive matando por afogamento uma pequena crianca, para vingar os maus tratos a que era submetida numa destas ocasiões. Na atual situacão, tem condicoes de receber cinco destes espíritos como filhos atenuando sobremaneira seus compromissos. Silas aproveita a ocasião não só para incorporar novos meios de firmar conhecimentos médicos que lhe serão imprescindíveis em encarnacão futura, mas também para despertar nos irmãos Clarindo e Leonel novos estímulos de elevacão moral. Eles, então,  passam a contar suas particularidades. Clarindo relata seus planos frustados por Antonio Olimpio, quanto ao reduto agrícola,  que aniquilara seus sonhos tornando-os em pesadelos. Clarindo chorou mostrando transformacão. Leonel conta da sua paixão pela música. Amante das obras de Beethoven , já brilhava como pianista. Reconhece que pela lógica da lei Divina,
não fora submetido à morte sem uma razão anterior, o que por outro lado não diminuía a responsabilidade de Olímpio. Lamenta  o despertar do remorso e arrependimento,  apenas  depois de ter, de alguma sorte , complicado-se com a morte de Alzira. São  convidados a refletir.
Enquanto isso, de volta à Mansão, Silas mostra-se otimista e feliz com o desfecho que se aproximava.Os irmãos seriam convidados a um entendimento com Alzira , de quem seriam filhos.Os  preparativos desta empreitada durariam  vinte e cinco anos para que a reeducacão e os valores morais se lhe fixassem de modo seguro. Hilário questiona quanto ao retorno de Olímpio  e Silas   explica que , por questões obvias no caso,  o marido de Alzira virá antes, terá mais dificuldades a enfrentar ,com objetivo claro de ressarcir aos irmãos tudo que lhes
tomara. Alzira por sua vez cresceu espiritualmente o suficiente para entender perdoar e auxiliar. Superou o drama da própria morte no lago com olhos de quem entendeu o porque e seguiu em frente.
Na noite seguinte, Alzira entende -se com Silas para comparecer ao lago na hora exata em que desencarnara, acompanhada de duas cooperadoras da casa.
Silas, André e Hilário chegavam à casa de Luís , onde Clarindo e Leonel os aguardavam. Antes, e volta ao hospital,  Silas atendeu com passes magnéticos Laudemira e seu filho recém-nascido.Mais uma etapa deste caso estava concluída com êxito.
Dirigindo-se posteriormente à uma casa onde um velhinho simpático,Paulino, desencarnado assistia ao filho engenheiro. A pedidos de Silas,  Paulino influencia o filho a colocar um disco com composicão de Beethoven.
(Pastoral - 6a.Sinfonia, assista e ouca  na barra lateral)
Por influência mental de Clarindo, percebia-se a invasão completa da natureza com toda sua exuberância e a paixão de Leonel pela música completava o quadro de emocões. Saíram todos maravilhados. Era noite de lua cheia. Foram em direcão ao lago. Clarindo comeca a relatar a morte de Alzira aos prantos. Silas ouve pacientemente, explica a necessária catarse para o alívio de Clarindo e os convida a estarem de volta em uma nova família junto a Alzira. Ambos lamentam e demonstram extrema dor ao relembrarem da morte  a que submeteram a cunhada num ato de loucura. Sentindo o clima favorável em instantes após breve ausência., Silas traz  consigo Alzira em roupa cintilante. Ambos caem de joelhos tentando pedir perdão, mas ela se antecipa e em ato de extremo amor se coloca como cúmplice do ato do marido Olímpio. Abre seu coracão, agora materno, pronta para recebê-los como filhos amados  tendo Antonio Olímpio como pai,  e restituir-lhes tudo o que haviam perdido.
Os irmãos erguem-se como criancas e lindo brilho expandia-se à partir do tórax de Alzira. Muita emocão, mais uma vez. Pouco tempo depois adentravam à Mansão. André beija as mãos de Silas em sinal de respeito e agradecendo ao Mestre Jesus as licões preciosas.

sábado, 2 de abril de 2011

Estudando André Luiz em "Ação e Reação" , capítulo 9 A história de Silas

Na noite seguinte, André, Hilário e Silas  foram recebidos por Clarindo e Leonel, de volta à casa de Luís.  A família e mais dois amigos estavam  reunidos para uma breve refeição. Luís comentava o noticiário do rádio, em tom pessimista e opinava sobre diversos assuntos: economia, política, agricultura e suas pragas e doenças  de  animais. Dava palpites sobre a  suposta "ira dos céus"  , num eventual "fim do mundo", e criticava o egoísmo dos ricos e suas culpas em relação às desgraças dos pobres.
Clarindo comentava com ironia  as opiniões insinceras de Luís o que provocou a reação de Silas que explicou tratar-se de uma pessoa  doente e como tal,  merecedora de compaixão. Para seu auxílio, Luis contava , apenas com as insuficientes idas ao culto religioso nos finais de semana.
Ao ouvir as ponderações de Silas, Leonel reage de forma imediata, enfatizando que  Luís e Antonio Olímpio eram devedores,  e que assim sendo,  deveriam pagá-los, completou Clarindo.
Silas  ao conversar em termos de oportunidade que se deve dar ao devedor para que ele possa ressarcir sua dívida, provoca a descofiança de ambos: seria Silas um padre ?
Silas passa então a relatar com detalhes o fracasso sua última encarnação.  Nem mesmo a sua formação acadêmica como médico o afastara  do desejo de controlar os gastos de seu pai .Tornou-se antipático , dominador, cruel, orgulhoso. Mesmo diante dos apelos de sua mãe , nem ele nem seu pai encontravam os caminhos da beneficência.  Ela via em Silas a possibilidade de transformação de seu marido, acostumado desde a infância
com a dominação equivocada do dinheiro. Para isso convenceu-o a cursar medicina com o propósito de despertar-lhe  o amor ao próximo . Silas fez medicina, contentou sua mãe mas apenas visando vantagens financeiras daquela que seria  sua  futura profissão. Repentinamente sua mãe morre antes de sua formatura e isso torna-o mais  e  mais interessado no resultado do inventário da  falecida que permitiria a ele, sem precisar trabalhar,  gozar por muitos anos dos bens, desde de que sem desperdícios. 
Seu pai, no entanto, resolve casar-se pela segunda vez,  pondo em "risco" seus planos  já que ele desejava não repartir os bens com uma estranha. Seu pai muito doente o preocupa mais ainda, não pela doença em si, mas pela iminência de ter que dividir a herança. Assim, passa a arquitetar um meio de alijar a madrasta  desta divisão. Planeja e executa o reencontro de Aída com um primo irresponsável, Armando, de quem fora a paixão antiga, e estimula-os ao adultério em plena casa,  premeditando o flagrante. Desgostoso, seu pai  morre dois meses após matá-la  por envenenamento, que aos olhos de  todos tratara-se de um suicídio. Já com um certo remorso, Silas  viaja para a Europa, tentando fugir da realidade e das lembranças  sem lograr êxito.  De volta ao Brasil , na casa de um amigo,  morre ao ingerir acidentalmente  arsênico, levando-o ao mesmo destino de sua madrasta, e da mesma forma,  fazendo todos acreditarem em suicídio.
Silas finaliza,  seu relato,  explicando o esforço que ele e seu pai, com a ajuda de sua mãe, já em condiçoes espirituais melhores,  tem empreendido no sentido de reencontrar a madrasta.
Os planos já traçados para nova encarnação: seus pais novamente juntos; ele como filho e futuro médico com dedicação renovada e Aída sua madrasta, agora como sua irmã, que em condições de saúde debilitada, exigirá dele dedicação e amparo contínuos.
Todos ficaram estarrecidos e sensibilizados com o depoimento de Silas.  Clarindo e Leonel esboçavam novas disposicões . Clarindo desejava falar a respeito da morte de Alzira  mas Silas prometeu voltar ao assunto na noite seguinte agradecido aos céus pela inspiração renovadora. 
A grande lição do nosso capítulo nas linhas que precederam : "Reconcilia-te depressa com teu adversário, enquanto te encontras a caminho com ele..." ,  
Ao final, o silêncio e a melancolia de Silas atestavam a veracidade dos relatos, nos quais, André e Hilário custavam a acreditar .
  

terça-feira, 8 de março de 2011

Estudando André Luiz em "Ação e Reação" , capítulo 8 Preparativos para o retorno

Com a  permissão de superiores, André e Hilário permaneceriam na casa mais alguns meses, o que possibilitaria que acompanhassem de perto o "caso Antonio Olímpio" na companhia de Silas.
Segundo orientacão de Druso , após seis dias da palavra do Ministro Sânzio,  Alzira comecaria a tarefa a ela determinada. Silas com a colaboracão de André e Hilário atenderiam  o caso.
Alzira comeca esclarecendo as suas tentativas de auxiliar o filho Luis, ainda encarnado. Profundamente apegado às suas posses e sob forte influência dos tios desencarnados, tornara-se um homem extremamente mesquinho. Acumulava grande riqueza sem nenhum tipo de aplicacão. Tornou-se um índivíduo anti-social,  vivendo somente em funcão do dinheiro, sonhando e tendo pesadelos . Acumulava  quantias que a própria esposa desconhecia. Clarindo e Leonel, os tios pioravam o quadro, fazendo se aproximarem dele agiotas e tiranos rurais, influenciando-o e aumentando ainda mais sua sovinice.
Alzira esclareceu que o afogamento dos cunhados se dera quando estava recém-casada e Luis era muito pequeno.Ela desencarnou seis anos depois no mesmo lago. Antônio Olímpio viveu ainda quase quinze anos e
depois disso, ao desencarnar, foi para o  umbral, onde permanece  há vinte anos.
Quanto às suas tentativas de resgatá-lo, esclareceu ao Assistente que, fora impossível , posto que até então não se juntara  a algum grupo que lhe pudesse facultar alguma protecão nesta tentativa.  De quando em vez,
ainda que com extrema dificuldade devido à acão implacável dos obsessores,  dispensava algum amparo ao
 filho, nora e dois netos. Alzira solicitou a Silas a possibilidade de uma visita ao marido, no que foi atendida.
No encontro comovedor de ambos, Alzira  pede permissão para uma prece enquanto Olímpio não demonstra nenhum traco de lucidez. (a prece se encontra na coluna à esquerda de nosso blog).
Ao fim da prece, alteradas as condicões magnéticas do aposento, numa claridade que se irradiava do seu coracão, também do Alto uma luz prateada sensibilizou o doente que de algum modo foi tocado,  diferentemente do que até então não acontecera nas operacões magnéticas de Druso.  Antonio Olímpio repentinamente desperta  descontrolado e em seguida é novamente acalmado por Silas, que explica a necessidade e conveniência de um   despertamento gradual.. A seguir  Silas ,Alzira , Hilário e André empreendem  breve viagem em direcão ao lar terrestre de Alzira  , visivelmente emocionada ao se ver caminhando nas terras da fazenda onde vivera. O local demonstrava franca decadência nas construcões mal conservadas e tomado por diversas entidades,  muitas delas, agiotas desencarnados trazidos por  Leonel e Clarindo com o propósito de estimular a usura em Luís.  Dentro da casa o quadro não era diferente: diversas entidades andando de um lado a outro conversando consigo mesmas.. Encontram Luis , desligado do corpo pelo sono, acariciando macos de dinheiro . Deparam-se com Clarindo e Leonel que explicam influenciarem Luis para que ele conserve a fortuna que lhes pertence, compensando assim o crime de foram vítimas, completando a desforra. Daí por diante estabelece-se um diálogo interessantíssimo entre Silas e Leonel , onde o irmão de Clarindo dá demonstracões de total conhecimento à respeito de hipnose e obsessão e Silas , por sua vez , dá mostras de seu conhecimento  sobre o assunto angariando a simpatia dos verdugos que os convidam para estarem juntos no dia seguinte. 

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Estudando André Luiz em "Ação e Reação" , capítulo 7 Conversação preciosa

Desdobrando os ensinamentos do capítulo anterior André, Hilário e Druso vão ao encontro do ministro Sânzio para uma conversa mais próxima. Deixando André profundamente emocionado, Sânzio começa explicando a questão da dor e dos espíritos alojados por séculos em trevas densas. Uma vez  permitido, André o questiona  a respeito do "carma" . Como nos expõe o  ministro, o carma se enquadra no que conhecemos como lei de causa e efeito, não só em termos individuais, mas também em relação aos povos e raças, estados e instituições.
A "conta do destino criada por nós mesmos" é, segundo Sânzio, minuciosamente contabilizada pelo que ele chama de Governo da Vida , por critérios de amor e justiça, concedendo, segundo merecimento, empréstimos e moratórias, créditos especiais e recursos extraordinários.
Continuando a explicação, Sânzio esclarece quanto à nossa condição de usufrutuários, encarnados ou desencarnados, dos recursos da Natureza pertencentes a Deus.  Tudo o que há no mundo material inclusive patrimônio intelectual,  formas, tempo, corpos, etc., pertencem ao poder Excelso, que no-los concede para que através deles e das reservas cósmicas de energia, ininterruptas,  possamos nos aprimorar espiritualmente.
Questionado por Hilário sobre o "bem" e o"mal", o ministro explica que o nosso devotamento em favor do bem deve ser sincero, ainda que sacrificante, ou seja, a "bondade" que praticamos por mera obrigação ou imposição e que nos causa constrangimento e por vezes revolta, não é verdadeira e portanto, não vale como  mérito.   ( Penso que se este ato de bondade, ainda que constrangido, gerar em quem o recebeu um sentimento de gratidão, há uma contabilização positiva). Enquanto nossos atos forem a expressão do nosso egoísmo e vaidade, o bem voltado única e exclusivamente para nós mesmos, continuaremos a rentear com a espiritualidade inferior. O Cristo Jesus é o nosso paradigma de bondade.
Segundo Sânzio, nossa evolução espiritual e "libertação cármica" se mede pelo nosso nível de consciência. Na medida que evoluímos saímos do determinismo Divino e das reencarnações compulsórias para um estado de determinismo relativo e capacidade de influenciar as nossas reencarnações dentro do que necessitamos . O domínio da consciência permite, até certo ponto,  influir na genética , adaptada às necessidades da reencarnação aspirada em sintonia com as consciências afins.
Ainda que sob a influenciação do determinismo, nosso comportamento pode significar abreviação ou extensão de nossas dívidas.
Ao recordar que estamos em cada reencarnação subordinados a influências negativas do que fizemos, cabe a nós mesmos identificar essas nossa más tendências e tentar combatê-las, para não corrermos o risco de repetí-las.
Sânzio nos exemplifica com a parábola do semeador, os cuidados com a semente, que é a nossa vida, e os recursos do lavrador, que somos nós mesmos  em ação consciente. (Além disso cabe a todos o dever de implementar medidas gerais para acabar com a miséria e a ignorância, geradoras de espíritos derrotados e desencorajados).
Recorda o ministro que todo sofrimento e dor são devidamente compensados . Os sofrimentos na velhice, que nos fazem refletir, a respeito da vida e trazem momentos de trégua nos primeiros tempos de retorno ao mundo espiritual, bem como a permanência no mundo extra-físico, agregando ao nosso períspirito recursos mnemônicos que ampliam nossa conscientização,  fazem com que cada vez mais estejamos empenhados na nossa libertação espiritual .

sábado, 29 de janeiro de 2011

Estudando André Luiz em "Ação e Reação" , capítulo 6 - No círculo de oração

 Este capítulo gira em torno de importante visita do ministro Sânzio à Mansão da Paz , materializado após reunião empenhada de um grupo de médiuns.  Como sempre as explicações  oportunas de Druso revelam a necessidade da disciplina mental de todos que participam de tarefa de tal envergadura. Interessante o relato de  André à respeito de grande câmara cristalina , através da qual o ministro se manifestaria.
Antes, porém , Druso faz sentida prece, vivamente emocionado e contagia todos os presentes.
Uma vez materializado, o ministro passa a coordenar as providências em relacão aos assistidos, cujos casos teriam novos  rumos.  Responsável pelo ministério da Regeneracão, Sânzio tinha plenos poderes quanto à segregacão, justica, reencarnacão e banimento , explicou Silas.
Fichas completas dos assistidos eram, por ele, criteriosamente analisadas  com a colaboracão de Druso.
O caso  de Antonio Olimpio, que fora internado na véspera, merecia  especial atencão . Necessitando, reencarnar, e, com a dívida de gratidão da esposa e filho, posto que fora bom esposo e pai, contaria
com ajuda deles na tentativa de soerguimento, em nova romagem.
na carne. No entanto, conforme explicação  de Sânzio, tratava-se de tarefa complexa devido às caraterísticas que marcaram o comportamento e a personalidade de Antonio Olímpio  quando encarnado. Egoísta, não granjeara simpatias que lhe poderiam atenuar sofrimentos e dificuldades.  No plano material , perseguido que foi até a morte,  por  Clarindo e Leonel,  seus irmãos, de quem executara o assassinato. Estes, por sua vez,  já desencarnados obsediaram,   Alzira , colaborando no seu desencarne no mesmo lago onde morreram afogados.  No plano espiritual, Alzira nunca ousou se aproximar para auxiliá-lo por impedimento dos cunhados, que nunca o permitiram.
Interessante a afirmativa de Sânzio, frisando a necessidade de Antonio Olímpio restituir-lhes a existência terrestre  (será pai de ambos) e seus haveres.
Noutro caso, Madalena e Sílvia foram atendidas para que seus maridos (irmãos e adversários quando encarnados) pudessem ser recolhidos à Mansão, e para eles planejada breve reencarnacão.
O reencontro no núcleo familiar, onde as relações  bem sucedidas de amor mútuo podem cicatrizar feridas, estava sendo planejado para ambos os casos...