Uma forma descontraída e objetiva de tratar assuntos da Doutrina.

A cada assunto tratado, "ouvir" as opiniões através dos comentários dos colegas, mas principalmente, abrir espaço para
que pessoas que desconhecem ou têm um juízo errado do Espiritismo, possam ter estes primeiros contatos. Nossa intenção
não é ensinar, mas sim, dividir experiências e discutir, em alto nível os mais diversos assuntos.
Assim, ratificamos os nosso convite:

Vamos conversar sobre o Espiritismo ?

A, mais ou menos, cada 15 dias um novo capítulo. Participem!

sábado, 2 de abril de 2011

Estudando André Luiz em "Ação e Reação" , capítulo 9 A história de Silas

Na noite seguinte, André, Hilário e Silas  foram recebidos por Clarindo e Leonel, de volta à casa de Luís.  A família e mais dois amigos estavam  reunidos para uma breve refeição. Luís comentava o noticiário do rádio, em tom pessimista e opinava sobre diversos assuntos: economia, política, agricultura e suas pragas e doenças  de  animais. Dava palpites sobre a  suposta "ira dos céus"  , num eventual "fim do mundo", e criticava o egoísmo dos ricos e suas culpas em relação às desgraças dos pobres.
Clarindo comentava com ironia  as opiniões insinceras de Luís o que provocou a reação de Silas que explicou tratar-se de uma pessoa  doente e como tal,  merecedora de compaixão. Para seu auxílio, Luis contava , apenas com as insuficientes idas ao culto religioso nos finais de semana.
Ao ouvir as ponderações de Silas, Leonel reage de forma imediata, enfatizando que  Luís e Antonio Olímpio eram devedores,  e que assim sendo,  deveriam pagá-los, completou Clarindo.
Silas  ao conversar em termos de oportunidade que se deve dar ao devedor para que ele possa ressarcir sua dívida, provoca a descofiança de ambos: seria Silas um padre ?
Silas passa então a relatar com detalhes o fracasso sua última encarnação.  Nem mesmo a sua formação acadêmica como médico o afastara  do desejo de controlar os gastos de seu pai .Tornou-se antipático , dominador, cruel, orgulhoso. Mesmo diante dos apelos de sua mãe , nem ele nem seu pai encontravam os caminhos da beneficência.  Ela via em Silas a possibilidade de transformação de seu marido, acostumado desde a infância
com a dominação equivocada do dinheiro. Para isso convenceu-o a cursar medicina com o propósito de despertar-lhe  o amor ao próximo . Silas fez medicina, contentou sua mãe mas apenas visando vantagens financeiras daquela que seria  sua  futura profissão. Repentinamente sua mãe morre antes de sua formatura e isso torna-o mais  e  mais interessado no resultado do inventário da  falecida que permitiria a ele, sem precisar trabalhar,  gozar por muitos anos dos bens, desde de que sem desperdícios. 
Seu pai, no entanto, resolve casar-se pela segunda vez,  pondo em "risco" seus planos  já que ele desejava não repartir os bens com uma estranha. Seu pai muito doente o preocupa mais ainda, não pela doença em si, mas pela iminência de ter que dividir a herança. Assim, passa a arquitetar um meio de alijar a madrasta  desta divisão. Planeja e executa o reencontro de Aída com um primo irresponsável, Armando, de quem fora a paixão antiga, e estimula-os ao adultério em plena casa,  premeditando o flagrante. Desgostoso, seu pai  morre dois meses após matá-la  por envenenamento, que aos olhos de  todos tratara-se de um suicídio. Já com um certo remorso, Silas  viaja para a Europa, tentando fugir da realidade e das lembranças  sem lograr êxito.  De volta ao Brasil , na casa de um amigo,  morre ao ingerir acidentalmente  arsênico, levando-o ao mesmo destino de sua madrasta, e da mesma forma,  fazendo todos acreditarem em suicídio.
Silas finaliza,  seu relato,  explicando o esforço que ele e seu pai, com a ajuda de sua mãe, já em condiçoes espirituais melhores,  tem empreendido no sentido de reencontrar a madrasta.
Os planos já traçados para nova encarnação: seus pais novamente juntos; ele como filho e futuro médico com dedicação renovada e Aída sua madrasta, agora como sua irmã, que em condições de saúde debilitada, exigirá dele dedicação e amparo contínuos.
Todos ficaram estarrecidos e sensibilizados com o depoimento de Silas.  Clarindo e Leonel esboçavam novas disposicões . Clarindo desejava falar a respeito da morte de Alzira  mas Silas prometeu voltar ao assunto na noite seguinte agradecido aos céus pela inspiração renovadora. 
A grande lição do nosso capítulo nas linhas que precederam : "Reconcilia-te depressa com teu adversário, enquanto te encontras a caminho com ele..." ,  
Ao final, o silêncio e a melancolia de Silas atestavam a veracidade dos relatos, nos quais, André e Hilário custavam a acreditar .
  

3 comentários:

  1. Amigo Samir
    São preciosas as lições! Obrigada por dividir conosco esse estudo e comentários! O atual estágio de desenvolvimento da Terra é propício ao apego à matéria, de todas as formas. Somos todos apegados - mais ou menos, mas somos! Busquemos o menor apego e o equilíbrio. Por ora, lembremos que a virtude está no meio. Um dia, chegaremos a Francisco de Assis!!! Abraços a todos Irene

    Que a semana que mal começou seja boa para todos nós.
    bjs

    Irene Dias S. Cavezzale

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  2. Olá companheiros ! Olá Irene !
    Somos seres espirituais temporariamente na matéria, não é isso? E continuamos a manifestar nosso apego através de um veículo igualmente material e perecível. Na condicão de usufrutuários da matéria, talvez nos sentissemos menos tentados a tomar posse do que não é verdadeiramente nosso. Cuidar de algo que nos foi emprestado, exige grande zelo e responsabilidade. (nos remete à parábola dos talentos) . Já pensou quanta coisa boa e útil o Luís, agora, e o Antonio Olímpio, antes , poderiam fazer com tanto dinheiro ?A mesquinhez nos atrasa . Recebemos do Universo na medida que damos. A mesquinhez, assim como todo sentimento egoísta nos atrasa. Vamos doar em abundância e receber em abundância.É lei! É só testar!

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  3. Caro Samir e Demais Companheiros de Estudo.

    Fazendo uma breve busca sobre o tema em debate, encontrei na sinopse do Capitulo 9 - a seguine descrição: A história de Sila - "O capítulo é comovente, eis que nele vemos como um bondoso Espírito confessa, de público, todos os descaminhos que palmilhou, entregue que estava à usura e amor ao ouro. A confissão, expondo os tormentos da colheita obrigatória da má semeadura, evidencia a Bondade Divina que concede ao criminoso incessantes e inapreciáveis oportunidades de reconstrução moral, a qual passa, em primeiro plano, pelo trabalho em soerguer suas ´vitimas. A reflexão de que a má ação de um minuto por vezes demanda enorme tempo para o devido reajuste e refazimento, emoldura o ensinamento sobre a AÇÃO do mal, que pode ser rápida, mas que ningúem sabe quanto rempo exigirá o serviço da REAÇÃO."

    Um grande abraço a todos. Até a noite.

    VELOZO - 14.04.2011

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