Na noite seguinte, André, Hilário e Silas foram recebidos por Clarindo e Leonel, de volta à casa de Luís. A família e mais dois amigos estavam reunidos para uma breve refeição. Luís comentava o noticiário do rádio, em tom pessimista e opinava sobre diversos assuntos: economia, política, agricultura e suas pragas e doenças de animais. Dava palpites sobre a suposta "ira dos céus" , num eventual "fim do mundo", e criticava o egoísmo dos ricos e suas culpas em relação às desgraças dos pobres.
Clarindo comentava com ironia as opiniões insinceras de Luís o que provocou a reação de Silas que explicou tratar-se de uma pessoa doente e como tal, merecedora de compaixão. Para seu auxílio, Luis contava , apenas com as insuficientes idas ao culto religioso nos finais de semana.
Ao ouvir as ponderações de Silas, Leonel reage de forma imediata, enfatizando que Luís e Antonio Olímpio eram devedores, e que assim sendo, deveriam pagá-los, completou Clarindo.
Silas ao conversar em termos de oportunidade que se deve dar ao devedor para que ele possa ressarcir sua dívida, provoca a descofiança de ambos: seria Silas um padre ?
Silas passa então a relatar com detalhes o fracasso sua última encarnação. Nem mesmo a sua formação acadêmica como médico o afastara do desejo de controlar os gastos de seu pai .Tornou-se antipático , dominador, cruel, orgulhoso. Mesmo diante dos apelos de sua mãe , nem ele nem seu pai encontravam os caminhos da beneficência. Ela via em Silas a possibilidade de transformação de seu marido, acostumado desde a infância
com a dominação equivocada do dinheiro. Para isso convenceu-o a cursar medicina com o propósito de despertar-lhe o amor ao próximo . Silas fez medicina, contentou sua mãe mas apenas visando vantagens financeiras daquela que seria sua futura profissão. Repentinamente sua mãe morre antes de sua formatura e isso torna-o mais e mais interessado no resultado do inventário da falecida que permitiria a ele, sem precisar trabalhar, gozar por muitos anos dos bens, desde de que sem desperdícios.
Seu pai, no entanto, resolve casar-se pela segunda vez, pondo em "risco" seus planos já que ele desejava não repartir os bens com uma estranha. Seu pai muito doente o preocupa mais ainda, não pela doença em si, mas pela iminência de ter que dividir a herança. Assim, passa a arquitetar um meio de alijar a madrasta desta divisão. Planeja e executa o reencontro de Aída com um primo irresponsável, Armando, de quem fora a paixão antiga, e estimula-os ao adultério em plena casa, premeditando o flagrante. Desgostoso, seu pai morre dois meses após matá-la por envenenamento, que aos olhos de todos tratara-se de um suicídio. Já com um certo remorso, Silas viaja para a Europa, tentando fugir da realidade e das lembranças sem lograr êxito. De volta ao Brasil , na casa de um amigo, morre ao ingerir acidentalmente arsênico, levando-o ao mesmo destino de sua madrasta, e da mesma forma, fazendo todos acreditarem em suicídio.
Silas finaliza, seu relato, explicando o esforço que ele e seu pai, com a ajuda de sua mãe, já em condiçoes espirituais melhores, tem empreendido no sentido de reencontrar a madrasta.
Os planos já traçados para nova encarnação: seus pais novamente juntos; ele como filho e futuro médico com dedicação renovada e Aída sua madrasta, agora como sua irmã, que em condições de saúde debilitada, exigirá dele dedicação e amparo contínuos.
Todos ficaram estarrecidos e sensibilizados com o depoimento de Silas. Clarindo e Leonel esboçavam novas disposicões . Clarindo desejava falar a respeito da morte de Alzira mas Silas prometeu voltar ao assunto na noite seguinte agradecido aos céus pela inspiração renovadora.
A grande lição do nosso capítulo nas linhas que precederam : "Reconcilia-te depressa com teu adversário, enquanto te encontras a caminho com ele..." ,
Ao final, o silêncio e a melancolia de Silas atestavam a veracidade dos relatos, nos quais, André e Hilário custavam a acreditar .
Clarindo comentava com ironia as opiniões insinceras de Luís o que provocou a reação de Silas que explicou tratar-se de uma pessoa doente e como tal, merecedora de compaixão. Para seu auxílio, Luis contava , apenas com as insuficientes idas ao culto religioso nos finais de semana.
Ao ouvir as ponderações de Silas, Leonel reage de forma imediata, enfatizando que Luís e Antonio Olímpio eram devedores, e que assim sendo, deveriam pagá-los, completou Clarindo.
Silas ao conversar em termos de oportunidade que se deve dar ao devedor para que ele possa ressarcir sua dívida, provoca a descofiança de ambos: seria Silas um padre ?
Silas passa então a relatar com detalhes o fracasso sua última encarnação. Nem mesmo a sua formação acadêmica como médico o afastara do desejo de controlar os gastos de seu pai .Tornou-se antipático , dominador, cruel, orgulhoso. Mesmo diante dos apelos de sua mãe , nem ele nem seu pai encontravam os caminhos da beneficência. Ela via em Silas a possibilidade de transformação de seu marido, acostumado desde a infância
com a dominação equivocada do dinheiro. Para isso convenceu-o a cursar medicina com o propósito de despertar-lhe o amor ao próximo . Silas fez medicina, contentou sua mãe mas apenas visando vantagens financeiras daquela que seria sua futura profissão. Repentinamente sua mãe morre antes de sua formatura e isso torna-o mais e mais interessado no resultado do inventário da falecida que permitiria a ele, sem precisar trabalhar, gozar por muitos anos dos bens, desde de que sem desperdícios.
Seu pai, no entanto, resolve casar-se pela segunda vez, pondo em "risco" seus planos já que ele desejava não repartir os bens com uma estranha. Seu pai muito doente o preocupa mais ainda, não pela doença em si, mas pela iminência de ter que dividir a herança. Assim, passa a arquitetar um meio de alijar a madrasta desta divisão. Planeja e executa o reencontro de Aída com um primo irresponsável, Armando, de quem fora a paixão antiga, e estimula-os ao adultério em plena casa, premeditando o flagrante. Desgostoso, seu pai morre dois meses após matá-la por envenenamento, que aos olhos de todos tratara-se de um suicídio. Já com um certo remorso, Silas viaja para a Europa, tentando fugir da realidade e das lembranças sem lograr êxito. De volta ao Brasil , na casa de um amigo, morre ao ingerir acidentalmente arsênico, levando-o ao mesmo destino de sua madrasta, e da mesma forma, fazendo todos acreditarem em suicídio.
Silas finaliza, seu relato, explicando o esforço que ele e seu pai, com a ajuda de sua mãe, já em condiçoes espirituais melhores, tem empreendido no sentido de reencontrar a madrasta.
Os planos já traçados para nova encarnação: seus pais novamente juntos; ele como filho e futuro médico com dedicação renovada e Aída sua madrasta, agora como sua irmã, que em condições de saúde debilitada, exigirá dele dedicação e amparo contínuos.
Todos ficaram estarrecidos e sensibilizados com o depoimento de Silas. Clarindo e Leonel esboçavam novas disposicões . Clarindo desejava falar a respeito da morte de Alzira mas Silas prometeu voltar ao assunto na noite seguinte agradecido aos céus pela inspiração renovadora.
A grande lição do nosso capítulo nas linhas que precederam : "Reconcilia-te depressa com teu adversário, enquanto te encontras a caminho com ele..." ,
Ao final, o silêncio e a melancolia de Silas atestavam a veracidade dos relatos, nos quais, André e Hilário custavam a acreditar .
Amigo Samir
ResponderExcluirSão preciosas as lições! Obrigada por dividir conosco esse estudo e comentários! O atual estágio de desenvolvimento da Terra é propício ao apego à matéria, de todas as formas. Somos todos apegados - mais ou menos, mas somos! Busquemos o menor apego e o equilíbrio. Por ora, lembremos que a virtude está no meio. Um dia, chegaremos a Francisco de Assis!!! Abraços a todos Irene
Que a semana que mal começou seja boa para todos nós.
bjs
Irene Dias S. Cavezzale
Olá companheiros ! Olá Irene !
ResponderExcluirSomos seres espirituais temporariamente na matéria, não é isso? E continuamos a manifestar nosso apego através de um veículo igualmente material e perecível. Na condicão de usufrutuários da matéria, talvez nos sentissemos menos tentados a tomar posse do que não é verdadeiramente nosso. Cuidar de algo que nos foi emprestado, exige grande zelo e responsabilidade. (nos remete à parábola dos talentos) . Já pensou quanta coisa boa e útil o Luís, agora, e o Antonio Olímpio, antes , poderiam fazer com tanto dinheiro ?A mesquinhez nos atrasa . Recebemos do Universo na medida que damos. A mesquinhez, assim como todo sentimento egoísta nos atrasa. Vamos doar em abundância e receber em abundância.É lei! É só testar!
Caro Samir e Demais Companheiros de Estudo.
ResponderExcluirFazendo uma breve busca sobre o tema em debate, encontrei na sinopse do Capitulo 9 - a seguine descrição: A história de Sila - "O capítulo é comovente, eis que nele vemos como um bondoso Espírito confessa, de público, todos os descaminhos que palmilhou, entregue que estava à usura e amor ao ouro. A confissão, expondo os tormentos da colheita obrigatória da má semeadura, evidencia a Bondade Divina que concede ao criminoso incessantes e inapreciáveis oportunidades de reconstrução moral, a qual passa, em primeiro plano, pelo trabalho em soerguer suas ´vitimas. A reflexão de que a má ação de um minuto por vezes demanda enorme tempo para o devido reajuste e refazimento, emoldura o ensinamento sobre a AÇÃO do mal, que pode ser rápida, mas que ningúem sabe quanto rempo exigirá o serviço da REAÇÃO."
Um grande abraço a todos. Até a noite.
VELOZO - 14.04.2011