Uma forma descontraída e objetiva de tratar assuntos da Doutrina.

A cada assunto tratado, "ouvir" as opiniões através dos comentários dos colegas, mas principalmente, abrir espaço para
que pessoas que desconhecem ou têm um juízo errado do Espiritismo, possam ter estes primeiros contatos. Nossa intenção
não é ensinar, mas sim, dividir experiências e discutir, em alto nível os mais diversos assuntos.
Assim, ratificamos os nosso convite:

Vamos conversar sobre o Espiritismo ?

A, mais ou menos, cada 15 dias um novo capítulo. Participem!

sábado, 5 de novembro de 2011

Estudando André Luiz em "Ação e Reação" , capítulo 18 Resgates coletivos

Um acidente de avião, põe em alerta a equipe socorrista da Mansão. Druso, com um aparelho ligado à tomada ( eletricidade no mundo espiritual) que poderíamos comparar com um pequeno monitor mostrando o que hoje conhecemos como "via satélite", mostravam imagens e som "ao vivo". No alto de uma montanha rochosa, disfarçada em meio à nevoeiro espesso, a aeronave acidentada e um ancião (espírito) rogando socorro a seis dos catorze desencarnados . O socorro do alto vinha rápido, porém a condição de cada um dos desencarnados era diversa. Oito deles permaneciam algemados ao corpo, mutilados ou não. Quatro gemiam jungidos ao próprio corpo e dois gritavam em meio à crise de inconsciência. Viam e ouviam tudo: gemidos, conversas. Rapidamente Silas cumpriu solícito todas as ordens do comandante e todo socorro era providenciado. Druso nega o pedido de André e Hilário que desejavam acompanhar de perto este resgate, porém dá oportunidade a esclarecimento minucioso do assunto.

Hilário pergunta a razão do socorro a apenas seis dos catorze desencarnados. Druso esclarece alguns pontos:

. o socorro é para todos ;

. o desastre é o mesmo para todos ;

. a morte é diferente para cada um ;

. serão retirados aqueles cuja vida interior outorga liberação imediata ;

. quanto aos demais a situação não permitia desligamento dos despojos;

. a permanência neste estado: algumas horas ou longos dias;

. mais profundamente ligados à matéria e suas ilusões, pesadas e primitivas, mais longa permanência.

. mais desvinculados dessas ilusões mais rápido o desprendimento;

. "morte física" não é "emancipação espiritual";

Druso reforça à André o amor incessante de Deus em todo o universo e que nenhuma criatura fica
desamparada. Aos poucos, todas elas receberão de acordo com suas capacidades.
Esta demora, no entanto as sujeitam a serem atraídas por mentes vinculadas às sombras, de acordo com sua incapacidade de ouvir os apelos ao bem e capacidade de simpatia ao mal.
Diante da insistência de André no acompanhamento mais próximo dos casos, Druso esclarece que o medo que neles naturalmente despertaria ao analisarem cada situação, contagiaria tanto os assistidos quanto os encarnados a quem eles pretendiam reportar estas informações.
Quanto `a origem destes débitos a serem quitados desta forma tão violenta, são ecos de atos infelizes perpetrados em tempos anteriores, suicidas ou delituosos contra outras pessoas.
Significativa explicação relativa à neutralização de nossos atos negativos de outrora com atos positivos de hoje, cessando e equilibrando-nos, por assim dizer.
Quando questionado sobre outros casos onde a morte se apresentava como único remédio, Druso
relembra um deles.
Ascânio e Lucas dois benfeitores, cuja dedicação exemplar se estendia por decênios, pleiteavam ascensão à esferas superiores, não sendo atendidos pelas autoridades. Desencantados, quando recorreram a Direção Geral, foram carinhosamente conduzidos a recordarem o próprio arquivo mnemônico. Foram revelados serviços de grande crédito nos últimos cinco séculos, entre encarnações e estágios na espiritualidade. No entanto ao recuarem mais no tempo em seus arquivos de memória, encontraram em 1429, quando serviam ao exército de Joana D'Arc, um crime hediondo, de cujo remorso pós-túmulo não escaparam. Não desejando continuar na inquirição do passado nem a ascensão antes pretendida, escolheram tarefas de colaboração na área da aeronáutica, tendo nesta, sofrido a mesmo gênero de queda mortal.
Acompanhou-os nos preparativos para a reencarnação que juntamente com outros espíritos passariam por provas em resgate coletivo. Nem todos tinha a prerrogativa da escolha. Suas desencarnações aconteceriam em favor do progresso de diversas áreas de atividade humana, na infância, na juventude ou na velhice, com acidentes diversos, desde pequenas mutilações até a morte. Pais e filhos encontram-se em perfeita harmonia de necessidades nestas empreitadas, atendendo a todos em seus ajustes com a Lei onde a saudade em núcleo familiar nos lapida .
A dor coletiva nos corrige as falhas mútuas.
Ascânio e Lucas poderiam reinvindicar novamente a ascensão, desde que tivessem todos os seus compromissos devidamente quitados.
Druso finaliza explicando :"Quanto mais céu interior na alma, através da sublimação da vida, mais ampla incursão da alma nos céus exteriores, até que se realize a suprema comunhão dela com Deus Nosso Pai. Para isso, como reconhecemos, é indispensável atender à justiça, e a Justiça Divina está inelutavelmente ligada à nós, de vez que nenhuma felicidade ambiente será verdadeira felicidade em nós, sem a implícita aprovação da nossa consciência".
André e Hilário retornam ao Templo da Mansão para orar e pensar.

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