Uma forma descontraída e objetiva de tratar assuntos da Doutrina.

A cada assunto tratado, "ouvir" as opiniões através dos comentários dos colegas, mas principalmente, abrir espaço para
que pessoas que desconhecem ou têm um juízo errado do Espiritismo, possam ter estes primeiros contatos. Nossa intenção
não é ensinar, mas sim, dividir experiências e discutir, em alto nível os mais diversos assuntos.
Assim, ratificamos os nosso convite:

Vamos conversar sobre o Espiritismo ?

A, mais ou menos, cada 15 dias um novo capítulo. Participem!

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Estudando André Luiz em "Acão e Reacão" , capítulo 5- Almas enfermicas

Após repouso (espíritos também se cansam!) Silas convida André e Hilário para percorrerem as proximidades da Colônia. Interessante a informacão de André a respeito do "imenso Umbral" à saída do campo terrestre. Vale lembrar que no livro "Nosso Lar" , André refere-se à zona periférica da colônia, como "campos de saída", ou seja,confirma a existência de uma espécie de "zona de transicão", justamente o Umbral  onde  estudariam a lei de causa e efeito.
Na medida em que se aproximavam, gritos e solucos compunham a trilha sonora do triste cenário. André descreve a localizacão da colônia, bem como a  paisagem dos arredores. Hilário reclama maiores cuidados com a imensa quantidade de espíritos em desequilíbrio. Silas esclarece quanto a atuacão das equipes socorristas  e a impossibilidade de abrigar todos os pedintes de uma só vez.  Por outro lado, explica as acões desenvolvidas nesta parte externa da Mansão da Paz, por espíritos ainda um tanto quanto embrutecidos que sob a tutela da casa prestam inestimáveis servicos a alguns destes sofredores que já apresentam alguma condicão de socorro. Orzil é um destes trabalhadores que, embora não sendo angelical,  lida com estes irmãos em extremo sofrimento.  (Fico pensando, que realmente não devemos julgar pelas aparências. Quantos "Orzis" teremos nós interpretado de forma equivocada em nossos trabalhos mediúnicos?). Elocubracões à  parte...  salientamos ainda, a presenca de cães no servico de protecão  aos trabalhos prestados por Orzil. Destacam-se se também os atendimentos cujas características saltam aos nossos olhos pelo intenso aspecto "materializado". Odor fétido, nauseante de um ; imagens efêmeras , porém, densas o suficiente para formar a psicosfera monoideística de outro ; sofrimento não depurativo de outro, emolduram  estes quadros tristes. (Um deles , se movimentava num montão de sujeira, coberto por filetes de sangue podre.)
Valiosa a explicacão de Silas quanto à atuacão do pensamento como
agente trasnsmissor e receptor de nossas idéias doentias, sempre reforcadas pelo egoísmo, ódio e vinganca.
Aguarda-se o arrependimento sincero para que providências mais efetivas possam concretizar de vez o socorro a esses espíritos sofredores.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Estudando André Luiz em "Acão e Reacão" , capítulo 4 - Alguns recém-desencarnados

Neste capítulo André, Hilário e Druso visitam regiões da colônia, e se encontram numa espécie de Estacão onde familiares, mostrando certa apreensão, aguardam aflitos  a "chegada" de familiares . André faz um comentário interessante para a nossa reflexão ao serem recebidos por Silas, com quem ele e Hilário ficariam na ausência de Druso.  André fala sobre o "tempo", que segundo sua impressão, parecia de difícil identificacão:  "pela sombra reinante não poderíamos saber se era dia, se era noite", e descreve  um grande relógio que mostrava que  eles estavam em noite alta. Vale a pena reproduzir aqui a nota do Autor espiritual:  Reportamo-nos a regiões encravadas nos domínios do próprio globo terrestre submetidas às mesmas leis que lhe regulam o tempo.
André Luiz não poderia ser mais claro! Embora estando no Plano Espiritual a "Mansão da Paz" encontra-se muito próxima da crosta, e por conseguinte ,muito ligada às coisas materiais.
A caravana trazendo dezenove pessoas acompanhadas por dez servidores da casa não demorou a chegar.
Interessante notar a presenca de alguns cães à frente da caravana. Os recém-desencarnados que por seus méritos puderam ser resgatados por não estarem  "comprometidos de todo com as forcas dominantes das trevas" mostravam-se desequilibrados , desmemoriados, dormentes. Além disso , segundo André , traziam todos os sinais das moléstias que provocaram as suas desencarnacões.
Uma delas, uma moca , confundindo Silas com um padre, entra em desespero pedindo para não morrer.
Relata os seus enganos em relacão aos  tratos com sua mãe, a quem desprezara, mal lhe percebendo a doce presenca naquele momento. Silas explica ser frequente este tipo de reminiscência fixada no remorso.
Outra mostrava o pensamento  preso  à  imagem de Belfegor,  uma das muitas figuras  satânicas em quem a própria desencarnante se fixou.  André percebeu nela pensamentos horripilantes e identificou a figura animalesca de um homem com características de diabólicas, muito comuns em seitas de satanismo. Considerou que nós somos os responsáveis pela criacão e manutencão dos nossos infernos pessoais.
Com muita simplicidade, o instrutor fala da transmissão de imagens e sons através do sistema de televisão e rádio. De forma análoga, através do pensamento, simultaneamente transmitimos e recebemos , de nós mesmos, as idéias com as quais simpatizamos.
Se boas, ótimo! Se más, nos envenenamos cada vez mais. E  não precisa nem de obsessor ! Aliás, segundo Silas eles, os obsessores, vêm de brinde!

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Estudando André Luiz em "Acão e Reacão" , capítulo 3 A intervencão na memória

Druso está em pleno trabalho, sendo informado pelos funcionários de problemas detectados, desde interno com loucura por telepatia alucinatória,  expedições de pesquisas em dificuldades nos desfiladeiros das Grandes Trevas, a um caso de comprometimento de reencarnação por que a futura mãe se recusava a receber o reencarnante.

Druso explica como funciona a administração local e que aqueles casos só foram trazidos a eles após os responsáveis terem movimentado todas as providências cabíveis em seus âmbitos de responsabilidade.

Mais especialmente, Druso fala do caso de reencarnação, entrando no conceito de reencarnação ligada aos planos inferiores. Nessas reencarnações, as consciências culpadas contam com os recursos de misericórdia, desde que se mostrem dignos do socorro que lhes abrevie o resgate e a regeneração. Esses recursos são mobilizados pelos representantes do Amor Divino.

Druso explica que a Mansão da Paz, em muitas ocasiões, planeja e executa esses empreendimentos, mediante a atuação de benfeitores credenciados para agir e atuar em nome do Senhor. O dirigente da Mansão da Paz, porém, é simples intermediário das decisões dos planos de luz, mantendo reuniões (por meios adequados) duas vezes por semana com  os mensageiros da luz, prepostos das inteligências angélicas.

Interessante que Druso se refere à existência do inferno, na Espiritualidade, em função da culpa nas consciências. Vale citar a fala de Druso:

“Assim como o doente exige remédio, reclamamos a purgação espiritual, a fim de nos habilitarmos para a vida nas esferas superiores. O inferno para a alma que o erigiu em si mesma é aquilo que a forja constitui para o metal: ali ele se apura e se modela convenientemente...”

Em seguida, acorrem todos para a Agulha de Vigilância, para observar ataque das trevas. Lembremos que a Mansão da Paz está encravada no umbral, em região escura e de sofrimento. Os seres daquela região possuem armamento que lembram nossos canhões de bombardeio eletrônico,suscetíveis de conduzir-nos à ruína total”. Se atingissem os doentes, provocariam crises de pavor e loucura. Mas a Mansão tem barreiras de exaustão eficientes, hastes metálicas que funcionam como para-raios, atraindo o bombardeio e descarregando-os no solo, inofensivamente. Druso conta que os bombardeios são incessantes e enfatiza:

“...temos aprendido nesta Mansão que a paz não é conquista da inércia, mas sim fruto do equilíbrio entre a fé no Poder Divino e a confiança em nós mesmos, no serviço pela vitória do bem.”

Acalmado o bombardeio, Druso segue em visita a um doente recolhido na noite anterior, em leito situado em sala simples, onde predominava um azul repousante. O homem estava disforme, respirando apenas. Apresentava hipertrofia, com braços e pernas enormes. Porém, a mais impressionante distrofia estava em sua cabeça, com aumento volumétrico, confusão de todos os traços, parecendo “uma esfera estranha, a guisa de cabeça”.

Ante o espanto de André Luiz, Druso observou aquilo que lhe era bem claro: a pessoa havia desencarnado sob terrível subjugação, não podendo sequer recorrer à ajuda disponibilizada pelas caridosas legiões que operam nos túmulos.

Adiantou  que o doente se encontrava sob terrível hipnose, conduzida por adversários temíveis, que lhe fixaram a mente em penosas recordações, como forma de tortura. Druso mencionou a justiça de Deus, lembrando que “não se ergue o espinheiro do sofrimento sem as raízes da culpa”.

Após a aplicação de passes magnéticos, o doente ficou à beira da vigília, sem total consciência, pois Druso explicou que a plena consciência poderia levá-lo a deplorável crise de loucura, com graves conseqüências. Poderia conversar, porém, permitindo o conhecimento do problema crucial.

Confessava-se criminoso, crendo-se diante de um Juiz. Contou sua estória, simples e terrível: juntamente com dois irmãos, herdou considerável fortuna quando da morte de seu pai. Mas começou a ver seus irmãos como empecilhos a seus planos de condução dos bens e armou um plano para assassiná-los, que executou fielmente: deu-lhes entorpecente para beber no licor e saiu em passeio de barco com ambos. No ponto mais fundo do lago, fez virar o barco e os irmãos se afogaram gritando diante de seus olhos. Nadou para terra, lamentou-se muito de tudo e se tornou único herdeiro dos bens. Procurou sufocar a consciência, casou-se, teve um filho e quis gozar de sua fortuna. Sua mulher afogou-se no mesmo lago. Quando ele desencarnou, encontrou os irmãos com muito ódio, transformados em vingadores. Espancaram-no, flagelaram-no por muito tempo. Por fim, talvez cansados, conduziram-no a tenebrosa furna, onde foram-lhe infligidas as deformações que apresentava. Sua mente foi fixada no barco, ouvindo os gritos das vítimas, que soluçam e gargalham ao mesmo tempo.

Já havia elementos para possibilitar o início do socorro. Mas Druso teve sua atenção voltada para a chegada de caravana de recém-desencarnados.


Resumo : Irene Dias S. Cavezzale

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Estudando André Luiz em "Acão e Reacão" , capítulo 2 Comentários do Instrutor



Grande assembléia ocorre no interior da Colônia, abrigando cerca de duzentos enfermos com aparência fisionômica deplorável enquanto do lado de fora continuava a tempestade magnética onde espíritos das regiões inferiores eram arrebatados junto ao vendaval. Impossível abrigá-los de imediato junto à colônia, dado ao extremo desequilíbrio em que se encontram. São criaturas que, à semelhanca da tempestade, trazem o seu íntimo tomado por sentimentos de ódio, desvario, crueldade: uma verdadeira tempestade de sentimentos abrutalhados.

Essa rebelião, porém, não serve como pagamento nos tribunais divinos, porquanto não esgotam as dívidas por eles mesmos contraídas.

Passado o surto, vem o remorso e a penitência proporcionando oportunidade de renovacão.
Druso, o instrutor, se dirige à platéia envolvido em sentimentos de amor. Traz à tona com clareza os mecanismos de comprometimento à que todos nós estamos sujeitos segundo nossas atitudes. Não nos libertamos das algemas que nós mesmos criamos com nossos comportamentos equivocados nem tampouco diminuímos nossas dores sem antes diminuírmos as dores que fomos causadores. A experiência repetida na carne traz oportunidade renovada de nos reencontrarmos com aqueles que se tornaram nossos inimigos em jornadas pretéritas e que agora, sob o efeito do esquecimento, jornadeiam lado a lado conosco, nos mais diversos campos do relacionamento. Nós podemos até fugir, mas não devemos! 
Quando desencarnados ,a reencarnacão se nos apresenta como chance abencoada de reparacão  . 
A felicidade de subirmos alguns degraus aos céus para depois podermos descer, com seguranca às regiões abismais para resgatarmos aos que amamos, mas que ainda se encontram perdidos, como nós mesmos já estivemos.
A seguir três assistidos dialogam com o nobre instrutor.
Os  três anseiam o  retorno à vida encarnada.
A mulher vai em busca de reajustamento com o filho, também desencarnado que se encontra em zonas inferiores, pela invigilância dela mesma como mãe que fora em encarnacão anterior. Ela, então, é encorajada por Druso à tarefa renovadora. Explica que todos nós, ao reencarnarmos trazemos o germe da renovacão e ainda resquícios do que fomos. Ou seguimos adiante e para cima conforme nossas obras , ou retornamos à escuridão dos nossos próprios atos.
Um jovem demonstra certa inconformacão com o esquecimento a que se é submetido quando da encarnacão. Druso então explica que em nenhum momento os amigos espirituais deixam os seus compromissos conosco e basta estarmos em conduta correta para a eles estarmos ligados,  e por eles sermos orientados. Um ancião demonstra inquietacão e cansaco pelos longos anos em servico aos desesperados na colônia e ve a reencarnacão como oportunidade de refúgio e descanso!
Druso ressalta a importância  do amor e do perdão como chaves que  abrem as portas para a elevacão moral , conduzindo à libertacão das amarras do passado e à ascencão espiritual definitiva .

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Estudando André Luiz em "Acão e Reacão" , capítulo 1 Luz nas sombras

Neste capítulo André e Hilário visitam a Mansão Paz, escola de reajuste , dirigida por Druso. Encravada nos Alpes, entre Suica e Itália, segundo André, a colônia permanece sob a jurisdicão de "Nosso Lar", há mais de três séculos. Interessante a abordagem de Druso à respeito da ligacão do homem com aquilo que se costuma chamar de inferno; mostra a relacão do homem com o planeta, nos mais diversos campos de atividade, seus objetivos  e acões pessoais e suas consequências.
Nas páginas que antecedem o capítulo 1, Emmanuel    nos esclarece quanto ao inferno exterior que nada mais é que o reflexo de nós mesmos, quando, pelo relaxamento,e pela crueldade, nos entregamos à prática de acões deprimentes, que nos constrangem à temporária segregacão nos resultados deploráveis dos nossos próprios erros.
A temporariedade é o grande diferencial! Não condena ao castigo eterno, mas abre possibilidade de retificacão através de acão renovadora. Não é acão de fora para dentro é despertamento e mobilizacão.
Estamos sujeitos às consequencias de nossos próprios atos, inclusive quando estes atos são
em direcão ao bem. Colhemos o que plantamos. A cada um, segundo suas obras.
Como serão acertados estes nossos compromissos é sempre uma incógnita. As atenuantes e agravantes serão consideradas, segundo a justica divina.
Fica  a pergunta: para aonde iremos ao desencarnarmos? Todos passaremos pelo Umbral ???? Depende de nós mesmos!