Uma forma descontraída e objetiva de tratar assuntos da Doutrina.

A cada assunto tratado, "ouvir" as opiniões através dos comentários dos colegas, mas principalmente, abrir espaço para
que pessoas que desconhecem ou têm um juízo errado do Espiritismo, possam ter estes primeiros contatos. Nossa intenção
não é ensinar, mas sim, dividir experiências e discutir, em alto nível os mais diversos assuntos.
Assim, ratificamos os nosso convite:

Vamos conversar sobre o Espiritismo ?

A, mais ou menos, cada 15 dias um novo capítulo. Participem!

domingo, 27 de novembro de 2011

Estudando André Luiz em "Ação e Reação" , capítulo 19 Sanções e auxílios

Buscando esclarecer os estagiários André e Hilário,  Druso se disponibiliza a novos entendimentos.  Fala sobre as provas nas experiências reencarnatórias, destacando a persistência no bem e nos estudos para entendimento superior e o serviço ao próximo para que através da simpatia semeada, todos os caminhos se tornem menos complicados.
Através de um manequim quase vivo, tiveram a oportunidade de presenciarem a precioso estudo sobre anatomia e fisiologia humana, bem como valiosos esclarecimentos sobre endocrinologia, as glândulas e suas relações com os centros de força do perispírito.
A descrição de André quanto a essas glândulas e seus hormônios , epífise  , hipófise,  tireóideparatireóides,  timo,  suprarrenais pâncreas e as bolsas genésicas, era de plena harmonia com os centros de força, combinadas entre si através de ramificações nervosas sutis. Druso explica a íntima ligação entre nossos estados espirituais e a sua repercussão em nosso corpo físico. Que  todo o mal praticado expressa, de algum modo, lesão em nossa consciência, e lesões desta espécie determinam distúrbios ou mutilações  no veículo de nossa manifestação física.
Druso ressalta a importância de se considerar o paciente como um todo, por parte da Medicina, para objetivar a sua cura de forma plena.
Através de raios, ainda inabordáveis pela humanidade, os centros de força são vitalizados, e estes, intimamente ligados que são às glândulas endócrinas, as influenciam.  Estas, por ação  de seus hormônios que circulam através do sangue, agem nas células, garantindo sua estabilidade.
Como exemplo, Druso fala  da tiroxina e da adrenalina, e o papel importante que desempenham na economia da fisiologia humana. Destaca que o nosso corpo  de manifestação física trará, invariavelmete, sinais da nossa disciplina ou indisciplina e comando mentais. Aborda também  o esforço no trabalho de reeducação dos espíritos em preparação para a reencarnação. Estes espíritos que chegam à Mansão em estado deplorável, após passarem  longos períodos em zonas purgatoriais ou padecendo perseguições de antigos adversários, sofrem tristes alterações em seus centros de força. Após serem acolhidos , refazem-se pouco à pouco, e é inevitável que venham a reencarnar tendo que suportar muitas anomalias, fruto dos próprios desequilíbrios.
Estes, quando bem trabalhados, com méritos,  servirão de novos impositivos de retificação Espiritual.
Este regime de sanções a que todos estamos sujeitos, pode ser solicitado pelo próprio espirito, ou por alguém quando não há condições de serem pedidos  diretamente. 
Todo abuso voluntário, físico ou moral,  sujeita o indivíduo a reencarnar em tais condições.
Suicidas diretos ou indiretos, alcoólatras,  glutões, enganadores, falsificadores, mentirosos, trapaceadores, assassinos, criminosos de toda espécie, cultores do sexo desvairado, destruidores morais, perversos, escravizadores, déspotas, desenvolverão em si mesmos condições orgânicas e físicas que se expressarão na forma de doenças congênitas, como reflexo dos deslizes antes cometidos. 
A cegueira, a mudez, a surdez, a idiotia, a paralisia, o câncer, a lepra, a epilepsia, o diabetes, o pênfigo, a loucura e tantas outras moléstias são estes reflexos. Estes aspectos congênitos permitem também  as predisposições  para diversas doenças virais e bacterianas.
No entanto,  mesmo que não haja monitoramento amoroso direto  para tais reencarnações, os recursos angariados pela humildade e reconhecimento pelos erros cometidos, por si só, ao promoverem choque consciencial, trazem reflexos positivos imediatos ao perispírito e este ao corpo físico. Druso amplia o esclarecimento ao afirmar a importância da prece, do serviço no bem, resistência  ao mal, que promovem não só aproximação de benfeitores ,   mas estimulam  o aumento de  anticorpos .
Finalizando, Druso fala sobre a dor e estabelece diferenças entre o que ele chama de dor-expiação, dor-evolução e dor-auxílio.
A dor, é um componente importante no aprimoramento do ser. A dor-evolução atua de fora para dentro do ser e por sua atuação o espírito é impelido a evoluir.  A dor-expiação vem de dentro para
fora e é instrumento de justiça e regeneração. A dor-auxílio ocorre em momentos em que o espírito reencarnado se vê obrigado a refletir sobre suas atitudes; interrompe sua trajetória e planos, para que desta paralisação surjam momentos de lucidez e retificação. Nesta última encontram-se algumas enfermidades de longo curso, que nos impossibilita a persistência no erro e muitas vezes nos prepara os sentimentos para adentrarmos na vida espiritual menos sobrecarregados. 

sábado, 5 de novembro de 2011

Estudando André Luiz em "Ação e Reação" , capítulo 18 Resgates coletivos

Um acidente de avião, põe em alerta a equipe socorrista da Mansão. Druso, com um aparelho ligado à tomada ( eletricidade no mundo espiritual) que poderíamos comparar com um pequeno monitor mostrando o que hoje conhecemos como "via satélite", mostravam imagens e som "ao vivo". No alto de uma montanha rochosa, disfarçada em meio à nevoeiro espesso, a aeronave acidentada e um ancião (espírito) rogando socorro a seis dos catorze desencarnados . O socorro do alto vinha rápido, porém a condição de cada um dos desencarnados era diversa. Oito deles permaneciam algemados ao corpo, mutilados ou não. Quatro gemiam jungidos ao próprio corpo e dois gritavam em meio à crise de inconsciência. Viam e ouviam tudo: gemidos, conversas. Rapidamente Silas cumpriu solícito todas as ordens do comandante e todo socorro era providenciado. Druso nega o pedido de André e Hilário que desejavam acompanhar de perto este resgate, porém dá oportunidade a esclarecimento minucioso do assunto.

Hilário pergunta a razão do socorro a apenas seis dos catorze desencarnados. Druso esclarece alguns pontos:

. o socorro é para todos ;

. o desastre é o mesmo para todos ;

. a morte é diferente para cada um ;

. serão retirados aqueles cuja vida interior outorga liberação imediata ;

. quanto aos demais a situação não permitia desligamento dos despojos;

. a permanência neste estado: algumas horas ou longos dias;

. mais profundamente ligados à matéria e suas ilusões, pesadas e primitivas, mais longa permanência.

. mais desvinculados dessas ilusões mais rápido o desprendimento;

. "morte física" não é "emancipação espiritual";

Druso reforça à André o amor incessante de Deus em todo o universo e que nenhuma criatura fica
desamparada. Aos poucos, todas elas receberão de acordo com suas capacidades.
Esta demora, no entanto as sujeitam a serem atraídas por mentes vinculadas às sombras, de acordo com sua incapacidade de ouvir os apelos ao bem e capacidade de simpatia ao mal.
Diante da insistência de André no acompanhamento mais próximo dos casos, Druso esclarece que o medo que neles naturalmente despertaria ao analisarem cada situação, contagiaria tanto os assistidos quanto os encarnados a quem eles pretendiam reportar estas informações.
Quanto `a origem destes débitos a serem quitados desta forma tão violenta, são ecos de atos infelizes perpetrados em tempos anteriores, suicidas ou delituosos contra outras pessoas.
Significativa explicação relativa à neutralização de nossos atos negativos de outrora com atos positivos de hoje, cessando e equilibrando-nos, por assim dizer.
Quando questionado sobre outros casos onde a morte se apresentava como único remédio, Druso
relembra um deles.
Ascânio e Lucas dois benfeitores, cuja dedicação exemplar se estendia por decênios, pleiteavam ascensão à esferas superiores, não sendo atendidos pelas autoridades. Desencantados, quando recorreram a Direção Geral, foram carinhosamente conduzidos a recordarem o próprio arquivo mnemônico. Foram revelados serviços de grande crédito nos últimos cinco séculos, entre encarnações e estágios na espiritualidade. No entanto ao recuarem mais no tempo em seus arquivos de memória, encontraram em 1429, quando serviam ao exército de Joana D'Arc, um crime hediondo, de cujo remorso pós-túmulo não escaparam. Não desejando continuar na inquirição do passado nem a ascensão antes pretendida, escolheram tarefas de colaboração na área da aeronáutica, tendo nesta, sofrido a mesmo gênero de queda mortal.
Acompanhou-os nos preparativos para a reencarnação que juntamente com outros espíritos passariam por provas em resgate coletivo. Nem todos tinha a prerrogativa da escolha. Suas desencarnações aconteceriam em favor do progresso de diversas áreas de atividade humana, na infância, na juventude ou na velhice, com acidentes diversos, desde pequenas mutilações até a morte. Pais e filhos encontram-se em perfeita harmonia de necessidades nestas empreitadas, atendendo a todos em seus ajustes com a Lei onde a saudade em núcleo familiar nos lapida .
A dor coletiva nos corrige as falhas mútuas.
Ascânio e Lucas poderiam reinvindicar novamente a ascensão, desde que tivessem todos os seus compromissos devidamente quitados.
Druso finaliza explicando :"Quanto mais céu interior na alma, através da sublimação da vida, mais ampla incursão da alma nos céus exteriores, até que se realize a suprema comunhão dela com Deus Nosso Pai. Para isso, como reconhecemos, é indispensável atender à justiça, e a Justiça Divina está inelutavelmente ligada à nós, de vez que nenhuma felicidade ambiente será verdadeira felicidade em nós, sem a implícita aprovação da nossa consciência".
André e Hilário retornam ao Templo da Mansão para orar e pensar.