Uma forma descontraída e objetiva de tratar assuntos da Doutrina.

A cada assunto tratado, "ouvir" as opiniões através dos comentários dos colegas, mas principalmente, abrir espaço para
que pessoas que desconhecem ou têm um juízo errado do Espiritismo, possam ter estes primeiros contatos. Nossa intenção
não é ensinar, mas sim, dividir experiências e discutir, em alto nível os mais diversos assuntos.
Assim, ratificamos os nosso convite:

Vamos conversar sobre o Espiritismo ?

A, mais ou menos, cada 15 dias um novo capítulo. Participem!

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Estudando André Luiz em "Acão e Reacão" , capítulo 3 A intervencão na memória

Druso está em pleno trabalho, sendo informado pelos funcionários de problemas detectados, desde interno com loucura por telepatia alucinatória,  expedições de pesquisas em dificuldades nos desfiladeiros das Grandes Trevas, a um caso de comprometimento de reencarnação por que a futura mãe se recusava a receber o reencarnante.

Druso explica como funciona a administração local e que aqueles casos só foram trazidos a eles após os responsáveis terem movimentado todas as providências cabíveis em seus âmbitos de responsabilidade.

Mais especialmente, Druso fala do caso de reencarnação, entrando no conceito de reencarnação ligada aos planos inferiores. Nessas reencarnações, as consciências culpadas contam com os recursos de misericórdia, desde que se mostrem dignos do socorro que lhes abrevie o resgate e a regeneração. Esses recursos são mobilizados pelos representantes do Amor Divino.

Druso explica que a Mansão da Paz, em muitas ocasiões, planeja e executa esses empreendimentos, mediante a atuação de benfeitores credenciados para agir e atuar em nome do Senhor. O dirigente da Mansão da Paz, porém, é simples intermediário das decisões dos planos de luz, mantendo reuniões (por meios adequados) duas vezes por semana com  os mensageiros da luz, prepostos das inteligências angélicas.

Interessante que Druso se refere à existência do inferno, na Espiritualidade, em função da culpa nas consciências. Vale citar a fala de Druso:

“Assim como o doente exige remédio, reclamamos a purgação espiritual, a fim de nos habilitarmos para a vida nas esferas superiores. O inferno para a alma que o erigiu em si mesma é aquilo que a forja constitui para o metal: ali ele se apura e se modela convenientemente...”

Em seguida, acorrem todos para a Agulha de Vigilância, para observar ataque das trevas. Lembremos que a Mansão da Paz está encravada no umbral, em região escura e de sofrimento. Os seres daquela região possuem armamento que lembram nossos canhões de bombardeio eletrônico,suscetíveis de conduzir-nos à ruína total”. Se atingissem os doentes, provocariam crises de pavor e loucura. Mas a Mansão tem barreiras de exaustão eficientes, hastes metálicas que funcionam como para-raios, atraindo o bombardeio e descarregando-os no solo, inofensivamente. Druso conta que os bombardeios são incessantes e enfatiza:

“...temos aprendido nesta Mansão que a paz não é conquista da inércia, mas sim fruto do equilíbrio entre a fé no Poder Divino e a confiança em nós mesmos, no serviço pela vitória do bem.”

Acalmado o bombardeio, Druso segue em visita a um doente recolhido na noite anterior, em leito situado em sala simples, onde predominava um azul repousante. O homem estava disforme, respirando apenas. Apresentava hipertrofia, com braços e pernas enormes. Porém, a mais impressionante distrofia estava em sua cabeça, com aumento volumétrico, confusão de todos os traços, parecendo “uma esfera estranha, a guisa de cabeça”.

Ante o espanto de André Luiz, Druso observou aquilo que lhe era bem claro: a pessoa havia desencarnado sob terrível subjugação, não podendo sequer recorrer à ajuda disponibilizada pelas caridosas legiões que operam nos túmulos.

Adiantou  que o doente se encontrava sob terrível hipnose, conduzida por adversários temíveis, que lhe fixaram a mente em penosas recordações, como forma de tortura. Druso mencionou a justiça de Deus, lembrando que “não se ergue o espinheiro do sofrimento sem as raízes da culpa”.

Após a aplicação de passes magnéticos, o doente ficou à beira da vigília, sem total consciência, pois Druso explicou que a plena consciência poderia levá-lo a deplorável crise de loucura, com graves conseqüências. Poderia conversar, porém, permitindo o conhecimento do problema crucial.

Confessava-se criminoso, crendo-se diante de um Juiz. Contou sua estória, simples e terrível: juntamente com dois irmãos, herdou considerável fortuna quando da morte de seu pai. Mas começou a ver seus irmãos como empecilhos a seus planos de condução dos bens e armou um plano para assassiná-los, que executou fielmente: deu-lhes entorpecente para beber no licor e saiu em passeio de barco com ambos. No ponto mais fundo do lago, fez virar o barco e os irmãos se afogaram gritando diante de seus olhos. Nadou para terra, lamentou-se muito de tudo e se tornou único herdeiro dos bens. Procurou sufocar a consciência, casou-se, teve um filho e quis gozar de sua fortuna. Sua mulher afogou-se no mesmo lago. Quando ele desencarnou, encontrou os irmãos com muito ódio, transformados em vingadores. Espancaram-no, flagelaram-no por muito tempo. Por fim, talvez cansados, conduziram-no a tenebrosa furna, onde foram-lhe infligidas as deformações que apresentava. Sua mente foi fixada no barco, ouvindo os gritos das vítimas, que soluçam e gargalham ao mesmo tempo.

Já havia elementos para possibilitar o início do socorro. Mas Druso teve sua atenção voltada para a chegada de caravana de recém-desencarnados.


Resumo : Irene Dias S. Cavezzale

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Estudando André Luiz em "Acão e Reacão" , capítulo 2 Comentários do Instrutor



Grande assembléia ocorre no interior da Colônia, abrigando cerca de duzentos enfermos com aparência fisionômica deplorável enquanto do lado de fora continuava a tempestade magnética onde espíritos das regiões inferiores eram arrebatados junto ao vendaval. Impossível abrigá-los de imediato junto à colônia, dado ao extremo desequilíbrio em que se encontram. São criaturas que, à semelhanca da tempestade, trazem o seu íntimo tomado por sentimentos de ódio, desvario, crueldade: uma verdadeira tempestade de sentimentos abrutalhados.

Essa rebelião, porém, não serve como pagamento nos tribunais divinos, porquanto não esgotam as dívidas por eles mesmos contraídas.

Passado o surto, vem o remorso e a penitência proporcionando oportunidade de renovacão.
Druso, o instrutor, se dirige à platéia envolvido em sentimentos de amor. Traz à tona com clareza os mecanismos de comprometimento à que todos nós estamos sujeitos segundo nossas atitudes. Não nos libertamos das algemas que nós mesmos criamos com nossos comportamentos equivocados nem tampouco diminuímos nossas dores sem antes diminuírmos as dores que fomos causadores. A experiência repetida na carne traz oportunidade renovada de nos reencontrarmos com aqueles que se tornaram nossos inimigos em jornadas pretéritas e que agora, sob o efeito do esquecimento, jornadeiam lado a lado conosco, nos mais diversos campos do relacionamento. Nós podemos até fugir, mas não devemos! 
Quando desencarnados ,a reencarnacão se nos apresenta como chance abencoada de reparacão  . 
A felicidade de subirmos alguns degraus aos céus para depois podermos descer, com seguranca às regiões abismais para resgatarmos aos que amamos, mas que ainda se encontram perdidos, como nós mesmos já estivemos.
A seguir três assistidos dialogam com o nobre instrutor.
Os  três anseiam o  retorno à vida encarnada.
A mulher vai em busca de reajustamento com o filho, também desencarnado que se encontra em zonas inferiores, pela invigilância dela mesma como mãe que fora em encarnacão anterior. Ela, então, é encorajada por Druso à tarefa renovadora. Explica que todos nós, ao reencarnarmos trazemos o germe da renovacão e ainda resquícios do que fomos. Ou seguimos adiante e para cima conforme nossas obras , ou retornamos à escuridão dos nossos próprios atos.
Um jovem demonstra certa inconformacão com o esquecimento a que se é submetido quando da encarnacão. Druso então explica que em nenhum momento os amigos espirituais deixam os seus compromissos conosco e basta estarmos em conduta correta para a eles estarmos ligados,  e por eles sermos orientados. Um ancião demonstra inquietacão e cansaco pelos longos anos em servico aos desesperados na colônia e ve a reencarnacão como oportunidade de refúgio e descanso!
Druso ressalta a importância  do amor e do perdão como chaves que  abrem as portas para a elevacão moral , conduzindo à libertacão das amarras do passado e à ascencão espiritual definitiva .